Páginas

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Para a Folha de Boa Vista, com todo carinho.


Para que a Folha de Boa Vista tome uma pequena injeção de verdade e pare de inventar histórias, transcrevemos aqui as palavras de Senador Randolfe Rodrigues, proferidas em plenário, no dia 6 próximo passado,  véspera da sessão de ontem da CCJ que aprovou a PEC 11, ex-111. (...) “Por fim, Senador Jorge Viana, só um segundo registro – e aqui cumprimentar o Senador Romero Jucá pelo seu esforço. Amanhã, Senador Jorge Viana, nós iremos ler e votar na Comissão de Constituição e Justiça a Proposta de Emenda à Constituição nº 111 e, logo em seguida, espero, iremos trazer essa proposta de emenda constitucional, ainda amanhã, aqui, para o Plenário do Senado. Ela faz uma justiça histórica aos servidores do Estado do Amapá e do Estado de Roraima, igualando a condição desses servidores com a dos servidores do Estado de Rondônia.
Essa proposta de emenda constitucional não chegaria até aqui, obviamente, se não fosse o esforço das bancadas federais, mas se não fosse, em especial, a articulação, lá na Câmara, do Senador Romero Jucá. Então, por uma questão de justiça, considero fundamental e necessário fazer aqui, antes mesmo da leitura amanhã, antes mesmo de ela vir a Plenário amanhã para ser votada, o registro do esforço do Senador Romero Jucá.”

Lemos e relemos o texto detidamente. Mas, lamentavelmente, não encontramos referência ao nome da Senadora Ângela. Deve ser esquecimento. Na idade do senador Randolfe esses lapsos de memória são normais.

Falta combinar com o eleitor (do Blog do Noblat)

A TV está veiculando as inserções publicitárias do PT, que trazem a presidente Dilma como estrela principal, agora como candidata única e absoluta. Na peça publicitária, a presidente diz como vê os demais concorrentes: "Todos nós queremos mudar o Brasil, mas mudar o Brasil não é dar um passo atrás para o passado nem dar um salto no escuro para o futuro". Traduzindo: o "passo atrás" tem nome - Aécio Neves; e o "salto no escuro" também - Eduardo Campos. E o PT, há 12 anos no poder, é "a mudança". Mudança? Mais do mesmo? Falta combinar com o eleitor. 

Resultado da copa e eleições: algo a ver?

Saiu a lista do Felipão. Como os convocados são quase unanimidade nacional, estamos poupados das eternas discussões sobre quem devia ter ido e não foi e quem foi mas não devia ter ido. Em compensação, continua, agora a todo vapor, a discussão sobre a influência do resultado da seleção brasileira sobre as eleições. Tenho lido analistas, amadores e profissionais, e até mesmo ouvido de políticos experientes que a eleição de Dilma está diretamente ligada ao desempenho da Seleção. Conclusões geralmente simplistas. Para não dizer simplórias. É lógico que há alguma espécie de correlação, mas a história nos mostra que uma coisa tem muito pouco, quase nada, a ver com a outra. Se não, vejamos.
Em 1958, 62, 66, 70, 74, 78, 82 e 86 teve Copa, mas não teve eleição. E, embora o governo militar tenha faturado muito bem o tricampeonato, não se pode falar em eleição, principalmente nos anos sessenta e setenta. 1990 teve copa, mas não teve eleição. 1994 teve copa, teve eleição, a seleção ganhou o tetra e o candidato do Governo ganhou, com Fernando Henrique. Ganharia com ou sem seleção: o Plano Real e o golpe mortal na inflação eram estandarte difícil de ser batido.
1998, copa, o Brasil perdeu na final e Fernando Henrique se reelegeu no primeiro turno. 2002, copa, o Brasil ganhou o penta, Vampeta deu cambalhota na rampa do Planalto e Lula ganhou do candidato de Fernando Henrique, José Serra.
2006, o Brasil ficou melancolicamente no meio do caminho e Lula, com Mensalão e tudo pelas costas, reelegeu-se. 2010. Copa, mais uma vez o Brasil ficou no meio do caminho. E Lula elegeu seu poste.
Agora, copa, no Brasil. Dilma vai à eleição com um amontoado de denúncias sobre faturamento nos estádios, obras inacabadas, aeroportos sem condições, escândalo da Petrobrás, estradas em petição de miséria, demonstrações cabais de incompetência, e mais inflação, crescimento ridículo da economia e outras tantas mazelas. Sua eleição, como as outras, não depende do desempenho da Seleção. Ganhemos ou percamos a Copa, a eleição será muito mais influenciada por quantos forem à rua protestar e com que disposição vão exigir o famoso padrão FIFA.
João Saldanha dizia que se macumba ganhasse jogo o campeonato baiano terminaria empatado. Pois é. Ganhar ou perder a copa não derrota ninguém. Já incompetência e carisma zero...

Se pedir com jeito, quem sabe?

Um certo senhor João Catalão, Coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Ianomami e Iekuana, deu entrevista ao Jornal de Roraima tentando esclarecer a responsabilidade da FUNAI em relação aos índios que estão ao Deus dará na Feira do Produtor. Aproveitou e denunciou o descaso dos poderes públicos (entre os quais ele, logicamente, não inclui a FUNAI) em relação aos índios no Estado. “Apesar de as terras indígenas já estarem demarcadas, elas não deixaram de ser da União ou de pertencer ao Estado”, disse Catalão.
Peraí, peraí! Quer dizer que as terras demarcadas pertencem ao Estado? E nós não temos o direito de nelas entrar na hora que quisermos? Quer dizer que os índios podem entrar e sair das terras do resto do Estado ao seu bel prazer? E que o máximo que a FUNAI pode fazer é pedir pros índios voltarem pras suas terras? Vai ver não estão pedindo com jeitinho, né mesmo?
Atenção, leitores: no campeonato do direito de ir e vir caímos para a série “D”.

Problemas nos quatro cantos cardeais


Com as companhias que anda, vai ficar difícil para a Senadora Ângela, além de jogar pedras no governo, ter como pedir votos pelos quatro cantos de Roraima. Se for para o Norte, em Pacaraima, não pode levar seu companheiro André Vargas, ex-FUNAI: o povo de lá quer ver o diabo mas não quer vê-lo. Se for para o Sul, não pode levar Titonho Beserra, do Incra, nem Nilva Baraúna, do IBAMA, por motivos mais que óbvios, nem Rudson Leite, que, pelo facebook, chamou o povo de Rorainópolis de sem vergonha. Como não tem eleitor a leste, na Guiana, ou a oeste, no Amazonas, ou deixa esse povo em casa ou arranja um discurso mais convincente ou esquece que é do PT. Pena que o povo não esqueça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Só serão aceitos comentários identificados por nome e email do comentarista.