Para que
a Folha de Boa Vista tome uma pequena injeção de verdade e pare de inventar
histórias, transcrevemos aqui as palavras de Senador Randolfe Rodrigues, proferidas em plenário, no dia 6 próximo
passado, véspera da sessão de ontem da
CCJ que aprovou a PEC 11, ex-111. (...) “Por
fim, Senador Jorge Viana, só um segundo registro – e aqui cumprimentar o
Senador Romero Jucá pelo seu esforço. Amanhã, Senador Jorge Viana, nós iremos
ler e votar na Comissão de Constituição e Justiça a Proposta de Emenda à
Constituição nº 111 e, logo em seguida, espero, iremos trazer essa proposta de
emenda constitucional, ainda amanhã, aqui, para o Plenário do Senado. Ela faz
uma justiça histórica aos servidores do Estado do Amapá e do Estado de Roraima,
igualando a condição desses servidores com a dos servidores do Estado de
Rondônia.
Essa proposta de emenda constitucional não chegaria até aqui, obviamente, se não fosse o esforço das bancadas federais, mas se não fosse, em especial, a articulação, lá na Câmara, do Senador Romero Jucá. Então, por uma questão de justiça, considero fundamental e necessário fazer aqui, antes mesmo da leitura amanhã, antes mesmo de ela vir a Plenário amanhã para ser votada, o registro do esforço do Senador Romero Jucá.”
Essa proposta de emenda constitucional não chegaria até aqui, obviamente, se não fosse o esforço das bancadas federais, mas se não fosse, em especial, a articulação, lá na Câmara, do Senador Romero Jucá. Então, por uma questão de justiça, considero fundamental e necessário fazer aqui, antes mesmo da leitura amanhã, antes mesmo de ela vir a Plenário amanhã para ser votada, o registro do esforço do Senador Romero Jucá.”
Lemos e
relemos o texto detidamente. Mas, lamentavelmente, não encontramos referência ao
nome da Senadora Ângela. Deve ser esquecimento. Na idade do senador Randolfe
esses lapsos de memória são normais.
Falta
combinar com o eleitor (do Blog do Noblat)
A TV está veiculando as inserções publicitárias
do PT, que trazem a presidente Dilma como estrela principal, agora como
candidata única e absoluta. Na peça publicitária, a presidente diz como vê os
demais concorrentes: "Todos nós queremos mudar o Brasil, mas mudar o
Brasil não é dar um passo atrás para o passado nem dar um salto no escuro para
o futuro". Traduzindo: o "passo atrás" tem nome - Aécio Neves; e
o "salto no escuro" também - Eduardo Campos. E o PT, há 12 anos no poder, é
"a mudança". Mudança? Mais do mesmo? Falta combinar com o eleitor.
Resultado
da copa e eleições: algo a ver?
Saiu a lista do Felipão.
Como os convocados são quase unanimidade nacional, estamos poupados das eternas
discussões sobre quem devia ter ido e não foi e quem foi mas não devia ter ido.
Em compensação, continua, agora a todo vapor, a discussão sobre a influência do
resultado da seleção brasileira sobre as eleições. Tenho lido analistas,
amadores e profissionais, e até mesmo ouvido de políticos experientes que a
eleição de Dilma está diretamente ligada ao desempenho da Seleção. Conclusões
geralmente simplistas. Para não dizer simplórias. É lógico que há alguma
espécie de correlação, mas a história nos mostra que uma coisa tem muito pouco,
quase nada, a ver com a outra. Se não, vejamos.
Em 1958, 62, 66, 70, 74, 78,
82 e 86 teve Copa, mas não teve eleição. E, embora o governo militar tenha
faturado muito bem o tricampeonato, não se pode falar em eleição,
principalmente nos anos sessenta e setenta. 1990 teve copa, mas não teve
eleição. 1994 teve copa, teve eleição, a seleção ganhou o tetra e o candidato
do Governo ganhou, com Fernando Henrique. Ganharia com ou sem seleção: o Plano
Real e o golpe mortal na inflação eram estandarte difícil de ser batido.
1998, copa, o Brasil perdeu
na final e Fernando Henrique se reelegeu no primeiro turno. 2002, copa, o Brasil
ganhou o penta, Vampeta deu cambalhota na rampa do Planalto e Lula ganhou do
candidato de Fernando Henrique, José Serra.
2006, o Brasil ficou
melancolicamente no meio do caminho e Lula, com Mensalão e tudo pelas costas, reelegeu-se.
2010. Copa, mais uma vez o Brasil ficou no meio do caminho. E Lula elegeu seu
poste.
Agora, copa, no Brasil.
Dilma vai à eleição com um amontoado de denúncias sobre faturamento nos
estádios, obras inacabadas, aeroportos sem condições, escândalo da Petrobrás,
estradas em petição de miséria, demonstrações cabais de incompetência, e mais
inflação, crescimento ridículo da economia e outras tantas mazelas. Sua
eleição, como as outras, não depende do desempenho da Seleção. Ganhemos ou
percamos a Copa, a eleição será muito mais influenciada por quantos forem à rua
protestar e com que disposição vão exigir o famoso padrão FIFA.
João Saldanha dizia que se
macumba ganhasse jogo o campeonato baiano terminaria empatado. Pois é. Ganhar
ou perder a copa não derrota ninguém. Já incompetência e carisma zero...
Se
pedir com jeito, quem sabe?
Um certo senhor João Catalão, Coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental
Ianomami e Iekuana, deu entrevista ao Jornal de Roraima tentando
esclarecer a responsabilidade da FUNAI em relação aos índios que estão ao Deus
dará na Feira do Produtor. Aproveitou e denunciou o descaso dos poderes públicos
(entre os quais ele, logicamente, não inclui a FUNAI) em relação aos índios no Estado. “Apesar de as terras
indígenas já estarem demarcadas, elas não deixaram de ser da União ou de
pertencer ao Estado”, disse Catalão.
Peraí,
peraí! Quer dizer que as terras demarcadas pertencem ao Estado? E nós não temos
o direito de nelas entrar na hora que quisermos? Quer dizer que os índios podem
entrar e sair das terras do resto do Estado ao seu bel prazer? E que o máximo
que a FUNAI pode fazer é pedir pros índios voltarem pras suas terras? Vai ver
não estão pedindo com jeitinho, né mesmo?
Atenção,
leitores: no campeonato do direito de ir e vir caímos para a série “D”.
Problemas nos quatro cantos cardeais
Com as companhias que anda,
vai ficar difícil para a Senadora Ângela, além de jogar pedras no governo, ter
como pedir votos pelos quatro cantos de Roraima. Se for para o Norte, em
Pacaraima, não pode levar seu companheiro André Vargas, ex-FUNAI: o povo de lá
quer ver o diabo mas não quer vê-lo. Se for para o Sul, não pode levar Titonho
Beserra, do Incra, nem Nilva Baraúna, do IBAMA, por motivos mais que óbvios,
nem Rudson Leite, que, pelo facebook, chamou o povo de Rorainópolis de sem vergonha.
Como não tem eleitor a leste, na Guiana, ou a oeste, no Amazonas, ou deixa esse
povo em casa ou arranja um discurso mais convincente ou esquece que é do PT.
Pena que o povo não esqueça.
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