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Notem o detalhe da unha de quem recebe. É o marketing da pobreza. |
Todo mundo sabe que o PT vive há
muito tempo montado no Bolsa Família. Pode até ser chamado de gigolô do
programa. Com ele dá materialidade à sua “preocupação com os pobres”. Com ele vem
embasbacando a plateia e conseguindo sucesso nas eleições. Não só com ele, é verdade,
tem também a falácia da ascensão social provocada pela sua gestão mágica da
economia. Ascensão social que, na verdade, teve início lá atrás, quando o plano
real acabou com a inflação, estabilizou a moeda e, com isso, permitiu que empregos
fossem criados, a vida planejada e que juros baixos e prazos longos fizessem a
grande festa do consumo. E todo mundo pode comprar sua TV de não sei quantas polegadas
e seu sonhado veículo automotor. Essa é que é a verdade verdadeira.
Mas vamos admitir que o PT ame o
bolsa-família. É sua bandeira, seu ganha-eleição, sua poção mágica. Mas será
que ama mesmo, será que está preocupado com o benefício e os beneficiados ou
com o efeito mercadológico eleitoral que ele gera?
Acertou quem escolheu a segunda opção.
Querem ver?
O senador Aécio Neves (PSDB-MG)
apresentou dois projetos no Senado tratando do programa: um deles mantém o
pagamento do Bolsa Família por seis meses para chefes de família que
ultrapassarem a faixa de renda prevista para o recebimento do benefício. O
outro incorpora o programa à Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Assim,
o programa de transferência de renda passaria a ter recursos garantidos pelo
Fundo Nacional de Assistência Social.
O primeiro foi aprovado nesta quarta
na Comissão de Assuntos Sociais do Senado por 10 votos a 9. E o PT, acredite
quem quiser, VOTOU CONTRA. Nada mais há a ser dito em relação a essa magnífica demonstração de coerência, de amor verdadeiro aos pobres.
Simplesmente não dá para explicar. Nem posição nem doleiro.
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Enrolado com o doleiro e contra a ampliação do benefício. Eleições à vista! |
O outro projeto de Aécio, que o PT
também tenta derrubar, faz com o Bolsa Família seja uma política de Estado. Os
petistas não terão mais como fazer terrorismo: “Olhem, se Fulano ganhar, acaba
o Bolsa Família…”. Por isso, e só por isso, tem ficado sistematicamente contra um projeto que praticamente perpetua o benefício, tornando-o imune à vontade do poderoso de plantão.
Humberto Costa, que, ao lado de Ângela Portela, figura entre os beneficiados com grana de Alberto Youssef, o doleiro preso, vem se virando nos trinta para explicar a razão do PT ser contra a transformação do Bolsa Família numa politia de Estado.
Para o líder do PT, além de prejudicar as famílias já beneficiadas, as
alterações propostas pelo pré-candidato do PSDB à Presidência da República,
Aécio Neves, cria distorções ao inserir entre os beneficiários pessoas que não
precisariam dele. “Garantir o pagamento de benefícios do Bolsa Família a quem
não precisa é uma forma de desfigurar o programa, fragilizando-o, o que vai no
sentido contrário de seu fortalecimento e de sua institucionalização”, declarou
Humberto.
As normas atuais do programa já estabelecem que, no intervalo de dois
anos, a renda per capita do beneficiado poderá crescer até meio salário mínimo,
desde que não se mantenha ao longo do tempo. A proposta de Aécio acaba com o
teto financeiro e amplia o período para dois anos e meio. E Humberto, logicamente, é contra. E segue diretrizes do PT.
Saúde não é coisa para a burocracia estatal.
Saúde não é coisa para a burocracia estatal.
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Culpa do governo? Não, culpa da burocracia estatal. |
A saúde é o ponto fraco de todos os
governos dos estados brasileiros. E não é por má gestão, falta de recursos, má
vontade do governante ou o que seja. É porque a burocracia estatal não permite
uma gestão eficaz. Ponto. Qualquer unidade de saúde que seja gerida pelo setor
público vai ter problemas, sempre. Porque não há decisão local. Porque o seu
diretor tem menos autonomia do que um burocrata do Ministério ou da Secretaria,
seja Estadual ou Municipal. É ele, esse burocrata, que toma as decisões, que
tem que percorrer um longo e tortuoso caminho até chegar aonde o problema está:
no paciente. O Estado de São Paulo, ao passar a gestão de suas unidades de
saúde para organizações sem fins lucrativos, consegue operar uma saúde pública
a anos luz da dos demais estados brasileiros. E por quê? Porque a decisão é
local. E Ñao atem um monte de funcionários concursados e estáveis no meio do
caminho. Se faltar um quimioterápico por falta de planejamento, manda comprar
logo, onde quer que seja, e depois pune que não planejou o estoque e, se o
preço for superfaturado, demite o infeliz que superfaturou. Simples assim. Onde
a saúde é operada pelo organismo do estado, ela é ruim.
Sempre tive a impressão de que, com o
que os governos gastam com a saúde para prestar um péssimo serviço, dava para
dar um bom plano de saúde para cada brasileiro que não tenha condições de pagar
por um. E botar a burocracia para fiscalizar e punir o não cumprimento das
regras. Se sair das mãos dos Estado, a saúde funciona.. Aqui e em Timbuctu.
Indecisão ou artimanha?
E Getúlio, hein? Pra que lado ele
vai? O homem anda muito calado. Sua parabólica tem se limitado a baixar a lenha
na saúde e em qualquer deslize ou tropeço do Governo, por involuntário que seja.
Poucas fofocas, poucas especulações, poucas leviandades. Até as pessoas que não querem se identificar deram uma boa sumida. Que esse santo quer
reza, não se duvida. Se ele quer que a reza venha de Chico, Neudo, Mozarildo ou Ângela,
não dá para intuir assim de supetão, ninguém parece estar interessado no passe. Até porque, se conselho de Getúlio fosse bom, ele não perderia tantas eleições como perdeu. Assim não pode, assim não dá. Como é que
um cristão pode fazer um blog numa situação de penúria dessas? Faz uma besteira grande aí, Getúlio. Se mexe, homem de Deus!
Essa é de brinde.
No jantar de terça-feira passada com as maiores lideranças do PMDB e os candidatos do Partido em chapas majoritárias, na residência oficial do Vice Presidente Michel Temmer, a Presidente Dilma, toda sorrisos, desejou boa sorte a Rodrigo Jucá, pré-candidato a vice governador de Roraima.
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