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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Orçamento?! E isso se come?!

Cansaço. Como me cansa ouvir, ler e falar dessas coisas. Mas vamos lá que a Sapucaí é longa. Antigamente, acho que hoje em dia também, era comum os meninos medirem e compararem o tamanho dos respectivos pintos (se der problema, leiam pipiu); quanto maior, mais motivo de orgulho e razão para gozar a cara dos, digamos, menos favorecidos. De repente, aqui em Roraima, nos dias atuais, vejo estarrecido que, em vez de pintos, medem-se e se comparam rombos. Porque o rombo de fulano é maior do que o de sicrano que, por sua vez, é só um pouco menor que o de beltrano, rombo isso, rombo aquilo... Chega assusta!

É melhor cair em tentação do que em exercício findo. Ora, me poupem. Como diria uma amiga minha lá de Teresina, vão arrumar um bom lavado. Quem disse a vocês, analistas juniores, que o povo está interessado em rombo, seja de que tamanho for? Acham que o povo sabe lá o que é orçamento, empenho, restos a pagar, exercício findo, enfim, essas alquimias sinistras e misteriosas exclusivas de iniciados? E, se sabe, será que está interessado? Isso não passa de prosopopeia flácida para apascentar bovinos e fazer a alegria de jornalista sem assunto.

Com mensalão e tudo. A grande massa não toma decisões eleitorais pensando nisso – até porque há muito já decidiu que todo mundo calça quarenta. Tá pouco se lixando para quem melhor equilibra o orçamento (A menos que seja convencida, por uma massiva propaganda, de que esse equilíbrio é a razão de benefícios lhe terem sido concedidos, como fizeram com maestria Aécio Neves, em Minas, e Eduardo Campos, em Pernambuco). Eleição não é concurso de proposta. Nem competição de equilíbrio orçamentário. Posso estar redondamente enganado, como um rombo, mas acho que o povo tende a escolher quem melhor conseguir encarnar a capacidade de tornar reais os seus sonhos e sua vontade de melhorar de vida, nem que seja um pouquinho. Lula conseguiu. Duas vezes. Uma das quais com um mensalão destamanho nas costas. Aquilo, sim, é que era um rombo! Deu para entender?


A volta das que não foram

Depois que o jovem repórter, seu tratador, pegou uma boquinha no governo e parou de usá-las, as "pessoas que não querem se identificar" reduziram sua presença nas páginas da Folha. Natural, o jovem é que as alimentava, dava carinho e atenção. Ontem pelo menos duas voltaram a dar as caras. Uma numa matéria, outra na seção de cartas. Aliás, por falar em seção de cartas, impressiona a unidade de texto daquelas missivas. Todas parecem ter sido escritas pela mesma pessoa. Igualzinho às matérias da VEJA. Como diriam lá na minha terra: coincidência da bixiga!


Questão de estilo

Aqui em Roraima parece que só conseguimos fazer oposição no mais puro estilo âncora: pesada, pra baixo e imobilizadora.  


Um é pouco, três já é pensar que a gente é besta.

O PT anda numa seca de boas novas. Deve estar se sentindo no meio de um livro de trigonometria: problemas por todo lado. Nesse ambiente hostil, o Jornal Valor Econômico traz um alento, algo que pode soar como boa notícia e dar uma injeção de ânimo nos companheiros combalidos. Está lá que, após o governo federal passar os dois últimos anos revendo contratos das obras da transposição do São Francisco, há tempos paralisadas, destruídas e tomadas pelo mato, o PAC 3 deverá trazer dois novos canais, um em direção à Bahia; outro, em direção ao Piauí. Só não se consegue entender qual é a boa notícia: se já era difícil explicar um canal abandonado, explicar mais dois, então, vai ser uma tarefa para Hércules nenhum botar defeito. Sai dessa, João Santana.

IncomPeTência se escreve assim.

Muitos foram na onda megalômana de Lula. Festejaram o trem-bala, que daria o retoque final no Brasil grande. E celebraram eufóricos quando o Brasil foi o escolhido para realizar a Copa de 2014, achando que seria uma incrível oportunidade de “vender” nosso país lá fora. Esqueceram que era o PT no poder, e que ser vitrine tem também seus riscos: acabamos por mostrar o nosso lado ruim, a incompetência do governo do PT, a roubalheira, a revolta popular. Também, o que esperar quando estamos a 30 dias da Copa e, segundo a Folha de São Paulo, http://migre.me/jaI73 o governo  só cumpriu 41% das obras de infraestrutura?

Igualzinho a Mantega, né não?


Tá la na Folha (De São Paulo, logicamente): o ex-secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, teria sugerido o nome de Armínio Fraga a Obama, como potencial candidato para presidir o Federal Reserve, o banco central mais poderoso do mundo. Geithner chama Armínio de “confiável e competente” e de “líder notável” em seu livro de memórias lançado ontem.
O ex-secretário do Tesouro americano ficou muito impressionado com a habilidade de Armínio, especialmente ao administrar a crise financeira. Como Armínio Fraga também possui cidadania americana, seu nome foi indicado por Geithner como potencial candidato ao Fed. Precisa comentar?

Reflexões do Coronel Sincero Dias


“Oito anos sem beber do leite e do mel que escorrem das gordas tetas do governo. Oito anos sem uma gota d’água. Estão morrendo de sede e vão fazer de tudo para saciá-la. Se conseguirem chegar lá, em hordas ansiosas e sedentas, vão invadir o oásis, beber até se fartar, baldear a água e torna-la insalubre e lamacenta. Será que, depois de beberem feito retirantes, vai sobrar água, tempo, dinheiro e juízo para fazer alguma coisa pelo Estado que não seja trazê-lo de volta à era da pedra polida? Acho difícil”.

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