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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Apostando pra ganhar. E outros posts.

Não sou de apostar. Principalmente em disputas que envolvam a participação de seres vivos, como brigas de galos, canários ou cachorros, corridas de cavalo, luta de boxe etc. Tenho certeza de que a Senadora Ângela também não. Além do mais, o assunto aqui é grave ao ponto de não permitir qualquer brincadeira. Mas quero lançar um desafio a todos os que, como ela, votaram contra a redução da maioridade penal. Se não houver registro, por câmera de segurança, celular ou o que seja, das exatas pessoas que jogaram, da arquibancada, aqueles vasos sanitários que mataram o torcedor no estádio do Arruda, em Pernambuco, aposto que os responsáveis serão menores de idade. Ou um menor de idade assumirá a culpa. Quer apostar, Senadora Ângela? Quer apostar que será igualzinho ao caso do menor que assumiu sozinho a culpa pelos corintianos que lançaram aquele sinalizador que matou o rapaz na Bolívia?
Nesse caso de Pernambuco, o grupo de culpados (Convenhamos que aquilo não foi uma ação de um ou dois marginais!) vai ser facilmente descoberto pela Inteligência da Polícia Pernambucana, até porque alguém sempre fala. Ainda mais num caso desses: ninguém arranca e carrega dois vasos sanitários arquibancada acima sem que ninguém veja. Só que entre eles vão estar dois ou três menores (Se todos não o forem). E esses menores vão assumir a culpa. Quer apostar, Senadora Ângela? Quer apostar que, enquanto persistir a certeza da impunidade, os menores continuarão a cometer crimes ou assumir a culpa por eles, numa escalada ascendente, Senadora Ângela? Eu quero. Aposta com quase cem por cento de chance de ganhar é comigo mesmo.
Perguntar é democrático
Já pensaram se aquele vaso sanitário, em vez de um torcedor, atinge um policial? Será que a comoção e a repercussão seriam tão grandes? Será que a Regina Casé ia fazer um programa inteiro lamentando sua morte? Pense nisso.
É ou não é abandono de incapaz?
O Jornal de Roraima de hoje estampa, de canto a canto na metade da primeira página, uma foto que provoca um misto de pena e vergonha. Uma mulher e uma criança da etnia ianomâmi comem melancia na Feira do Produtor. A mulher segura a melancia para comer. O menino come o fruto direto do chão. Imagem nenhuma seria capaz de retratar tão bem o termo abandono. Foi para esse povo que se deu tanta terra? Foi para esse povo que recentemente se desocupou mas duas fazendas produtivas no Amajari? Se foi para eles, se foi em nome da manutenção de sua cultura e de seus costumes, por que não estão eles livres, leves e soltos, correndo pelas matas, plantando mandioca, fazendo beijus, trançando palha, caçando e pescando? Por que estão ali, sem pai nem mãe, expondo suas mazelas à visitação pública e vivendo da caridade dos feirantes?
No tempo em que fui Superintendente-Geral da Funai, éramos considerados tutores dos índios, responsáveis por seu bem estar e por protegê-los do contato com brancos que pudessem violentar sua cultura ou se aproveitar de sua ingenuidade. Não sei se a legislação mudou, mas tenho quase certeza de que a FUNAI continua a ser tutora dos índios. Se é tutora, faz as vezes de pai e mãe. E, como pai e mãe, é responsável por aqueles seres largados à própria sorte, não é verdade?
Então, cabe a pergunta aos diligentes procuradores do Ministério Público. Se os índios são considerados incapazes aos olhos da Lei, aquela situação configura ou não configura abandono de incapaz? Não precisa responder. Basta agir. Com age sempre que alguém alega que a cultura dos índios está sendo ameaçada.
Mas logo na véspera da Copa?!
Diz um amigo meu que esse pessoal do governo do PT ou leu de ponta cabeça todos os manuais das artes e das manhas do bem governar ou leu o livro de Maquiavel em edição pirata, faltando várias páginas. Porque, na tentativa de equilibrar ações que, ao mesmo tempo, ajeitem as finanças comprometidas pelo crescimento do gasto público e tenham apelo eleitoral, só estão dando tiro no pé. Só para dar um exemplo, a menos de quarenta dias da Copa, aumentaram a alíquota do imposto que incide sobre a cervejinha nossa da cada dia, e cada jogo. Ou seja, sua cervejinha vai estar mais cara. Mas logo a cervejinha?! Devem ter pesquisas secretas que indicam crescimento da popularidade da Doutora Dilma. Só pode ser isso.
Tá feia a coisa   
Não bastassem os pátios das montadoras lotados de veículos, a inflação correndo solta nos gêneros de primeira necessidade, taxa de crescimento ridícula, estradas em ruínas, entre outras barbaridades do tipo, notícia alarmante nos dá conta de que, em Minas, subiu o preço do pão-de-queijo, que já está difícil de encontrar em alguns estabelecimentos mineiros. Do jeito que nossa economia está sendo administrada, só falta subir o preço do yogurt, símbolo por excelência da ascensão social causada pela estabilização da moeda. Aí lascou de vez.
Trabalhar pra quê?
Agora a baixa taxa de desemprego está explicada. Ela é calculada entre as pessoas que estão no mercado de trabalho, ou seja, empregadas ou procurando emprego. Mas o IBGE nos dá conta de que quase dezessete milhões de pessoas não trabalham nem querem trabalhar de jeito nenhum. Que há correlação, não resta a menor duvida, mas não se pode afirmar que exista uma relação de causa e efeito entre esse número e o bolsa-família. O que se pode afirmar é que o número de pessoas que não trabalham nem estão a fim de trabalhar cresceu 36% desde 2003, coincidentemente, depois que foi criado o bolsa-família. A conclusão é sua, leitor.
 Mais do mesmo, só que maior e mais incompetente
Para tentar livrar-se do incômodo peso da FUNAI e de todo o mal que fez, faz e continuará fazendo a Roraima, a Senadora Ângela agora veio com uma ideia de jerico daquelas que só quem é do PT pode sacar do fundo da cachola: propõe criar o Instituto Federal Indígena. A pergunta é natural: pra quê? Ela não diz. Mas a Folha afirma que será a primeira Instituição do tipo do País (grande coisa!) e a gente depreende que vai cuidar(?) da educação superior dos nossos índios, como se para tanto não já existissem as cotas. Dizem que os ianomâmis largados sem pai nem mãe na Feira do produtor acharam a ideia excelente. Mas que preferem que cuidem da educação básica de seus filhos, da saúde de todos, de ensiná-los a plantar... enfim, disso tudo que  FUNAI não cuida. Aliás, na situação em que se encontram, preferem mesmo é um bom prato de comida. pode ser melancia.
Máximas do Coronel Sincero Dias
“O que as minorias estridentes estão querendo – e conseguindo – é que você se sinta culpado por ser branco, heterossexual e bem sucedido. Se for liberal, melhor ainda. Aí é que você não reage mesmo. E eles tomam conta de vez.”

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