Ah, folha de Boa Vista, ah,
Folha de Boa Vista! Deve ter sido duro de engolir. Mas engoliu. Com osso e
tudo. Foi realmente gratificante vê-la correndo atrás da pauta, explorada com
rara competência e correção jornalísticas pelos meninos e meninas do Jornal de
Roraima, comandados pelo songamonga do Nei Costa (é elogio, Nei, é elogio),
sobre o abandono a que a FUNAI relegava os ianomâmis, largados ao Deus dará e
vivendo de caridade publica na Feira do Produtor. Uma sucessão de matérias
isentas e quase didáticas, escoradas por notinhas provocantes, onde pouco a
pouco, com sobriedade e ouvindo todas as partes envolvidas, as
responsabilidades foram esclarecidas, chegando-se ao nível de adentrar o
pantanoso terreno das peculiaridades culturais.
A Folha, certamente
obedecendo às ordens de seus atuais patrões ideológicos, foi atrás. Chegou
atrasada, mas foi atrás do prejuízo, tentando livrar a cara da FUNAI. E, no
último sábado, pariu matéria sobre o assunto em que já coloca o órgão que se
diz responsável pela tutela dos direitos dos índios em papel ativo, botando os
bofes pela boca para tomar providências que, não fossem as matérias do Jornal
de Roraima, jamais teriam sido tomadas. Alguém aí duvida?
Mas não pensem que vai ser
sempre assim. A atual candidata do velho jornalão (no mais pejorativo sentido
que vocês encontrarem) tá doidinha pra descolar sua imagem da FUNAI. E não só
da FUNAI: do IBAMA, do INCRA e do indefectível Nagib Lima também. Aliás, se
pudesse, descolava-se logo era do PT! E a Folha, logicamente, vai-se prestar a
tal papel e fazer tudo para ajuda-la na tortuosa empreitada. Até que apareça
outro candidato mais viável, claro, com um problema de imagem ainda maior e uma
disposição distributiva mais, digamos assim, apetitosa, se é que me entendem.
Com a força de caráter e a firmeza de posições da Folha, tudo é possível. Até o
impossível.
Palpite
infeliz
Ô da Parabólica: vê se te
manca, estás novo demais para entrar tanto assim no mato. Limita-te a
maledicências e especulações caseiras. São pouco nocivas, o pessoal já conhece
os autores, atores e personagens e tudo fica no terreno do buchicho inconsequente.
Agora, aventurar-se em voos reservados a pássaros grandes, já é outra coisa.
Quer dizer, garboso infante, que, como publicaste em tua Parabólica dia 09
passado, para solapar a campanha de Anchieta o PSB Nacional vai proibir
coligações com o PSDB em todo o vastíssimo território brasileiro? Quer dizer que Eduardo Campos vai dispensar
apoios e votos em todo o Brasil só para atender a uns gatos pingados de seu
partido, prejudicar Anchieta e, assim, colher uma enormidade de votos em
Roraima? Foi isso o que captaste com tuas poderosas movidas a válvula? Vem cá,
rapaz: achas que Eduardo Campos é doido, suicida, burro? Achas que teus leitores
são jumentos da barriga branca, lesos fundamentais para acreditar numa doidice
dessa qualidade? Outra coisa: tu não te envergonhas de publicar um negócio
desses, uma asneira dessa magnitude?
Queres um conselho? Tenta
escrever sobre a importância de Santa Maria do Boiaçu no contexto dos possíveis
resultados eleitorais de Roraima. Quem sabe desta vez acertas. É cada um que me
aparece!
Especulações
de mais, candidatos de menos.
Se não houver um novo
adiamento (acho que não, a barba dos neocompanheiros já deve ter crescido o
suficiente), sexta feira que vem finalmente terminará a aflição da curiosidade
e será revelada ao mundo a chapa da oposição para o próximo pleito. Tirando
Ângela na cabeça e Mozarildo, que não larga a vaga de candidato a Senador nem a
poder de opíparos jantares e almoços no Maxim’s de Paris, o resto é pura
especulação. Tem gente correndo por fora. Tem gente correndo por dentro. Tem
gente correndo com a mala. Tem gente correndo de medo. Enfim... tem composição
pra todo gosto. Quem sobreviver verá. E ficará estarrecido.
Saber,
verbo transitivo. E, Deus queira, transitório.
Feliz aquele que nunca sabia
o que debaixo de suas barbas se passava. E que, de engano em engano, fez-se
mito a ponto de tudo apropriar-se como obra sua e de tudo lhe ser permitido.
Até renegar por três vezes os companheiros presos, pagando sozinhos uma culpa
coletiva. Eu só sei que nada sabia, plagiando tortamente Sócrates. Não, Lula
não sabia de nada. Mas conseguiu também convencer os parvos de que sabe de
tudo: até de que Dilma sabe.
Mas Dilma também não sabia,
não sabe e jamais saberá. Não é passiva: é ativa. Em sua extrema incompetência
revelada, não sabe nada. Não sabia o que se estava armando na Petrobrás, não
sabia quem estava levando o quê naquelas operações desastradas. Não sabe
governar, não sabe economia, não sabe fazer política, não sabe juntar sujeito,
predicado e complemento numa frase que faça sentido, não sabe concluir uma
obra, não sabe domar a inflação, não sabe estimular a produção, não sabe manter a infraestrutura funcionando, não sabe que o mundo está desabando à sua
volta. Mas sabe esbravejar, espumar de raiva, culpar, humilhar os subalternos.
E nós, os que sempre
souberam e os que agora estão sabendo disso tudo, vamos fazer o quê?
Traficantes
desempregados vão vender cachorro quente?
O Globo desse domingo
informa que mais de 10 mil pessoas participaram da Marcha da Maconha na zona
Sul do Rio. Além de, é lógico, de exigirem a legalização da erva, também
gritaram slogans contra a polícia, Pasmem: querem acabar coma a polícia, ouviu,
Tim Lopes? A teoria é simples: legalizado a produção e o consumo, acabaria o
tráfico e, com o seu fim, a violência seria transformada em amor ao próximo, temperança, flores e beijos. E... polícia pra quê?
Só tem uma falhazinha nesse
raciocínio aparentemente logico. Quem se mete numa atividade criminosa, como
produzir e vender maconha, é criminoso, tem o crime no DNA, tem coragem para
arrostar a lei, não está aproveitando um nicho de mercado, não está apenas
suprindo a demanda. Legalizada a maconha, esses traficantes vão fazer o quê?
Vender cachorro quente, picolé ou pamonha, abrir um armarinho de bijuteria,
passamanaria e artigos ching ling? Tenham dó!
Quando, com os mesmos
argumentos, revogaram a lei seca nos Estados Unidos, os traficantes de bebidas
foram fazer o quê? Abrir armazéns de secos e molhados, pizzarias, armar
barraquinhas de vender imagens da Madona Chiaropitta? Não. Foram para as drogas
leves e pesadas, o lenocínio e o jogo. Quem ganha dinheiro no fácil, jamais vai
dar duro. Mesmo que traficar e correr da policia dê um trabalho do cão, não é
exatamente um trabalho, não é mesmo?
Fala,
Albertinho.
Alberto Youssef falará? Quem
sabe... Esse pessoal geralmente não fala. Mas papel fala. E como fala. Tem muito papel voando e
cantando por aí. E muita gente com imagem de insuspeita morrendo de medo. Do extremo Sul ao
extremo Norte do país. Haja Lexotan.
Erro
no varejo, acerto no atacado.
Num post do dia 08, quinta
feira passada, chamei André Vasconcelos, ex-coordenador regional da FUNAI e
atrapalhador-mor. do Estado, de André Vargas, amigo-mor. do doleiro Alberto
Youssef. Nada a reparar: são do PT, amigos da Senadora Ângela, compartilham da mesma causa e da mesma
ética. Só não compartilham dos mesmos objetivos: o Vargas queria ser milionário. O Vasconcelos só quer mesmo curtir sua utopia.
Pensamentos
profundos do Coronel Sincero Dias
“Em vez de ficar caçando e acusando
os ratos que abandonam o navio, Dilma faria melhor se procurasse entender as profundas razões psicológicas que a levaram a ficar o tempo todo do seu governo fazendo furos no fundo do barco”.
Perguntar é democrático
Afinal de contas, o que tinha naquele celular para provocar risada tão larga, tão feliz? Imagens do Ministro Joaquim Barbosa? Ou números? Ah, essa dúvida...
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