Publicitário de quem fui
sócio dizia que só doido de carteirinha não muda de ideia. Como não tenho
carteirinha... Num post do dia 25 passado neste blog O nó do nó.
promovi e logo em seguida despromovi o deputado Soldado Sampaio. Promovi quando
tomei conhecimento do discurso em que dizia ser
necessário que as lideranças políticas se posicionassem e indicassem um
candidato da chapa majoritária que vai se opor ao grupo governista, já que,
para ele, as lideranças oposicionistas “não se posicionam e não apresentam nada
de concreto. A oposição não se decide e enquanto isso, a situação está nadando
abraçada”. Podia ter parado por aí. Mas não se conteve e, no mesmo discurso em que
começara tão consciente da realidade política, enveredou pelo pantanoso caminho
da denúncia vazia e foi imediatamente rebaixado.
Mas hoje,
depois de ver que marcaram o lançamento da chapa oposicionista para o dia 9 de
maio, reconheço meu erro. E o promovo a Cabo-Corneteiro. E dos bons! Foi só ele
tocar o toque de reunir para o pessoal da oposição se tocar que estava comendo
mosca e, em marcha batida, juntar todos os sem-governo, botá-los em forma e
aguardar o toque de marcha. Que será tocado pelo Cabo-Corneteiro Sampaio,
claro.
Dizem que, ao
se dar conta de que conseguira, com seu toque, provocar a reação e reunir rapidamente
tantos neo-socialistas no mesmo palanque, o Cabo Sampaio, como comunista
empedernido, militante do glorioso PC do B, só fez uma exigência: tocar o hino oficial
do comunismo, a Internacional Comunista, durante o lançamento da
pré-candidatura da socialista Ângela.
Dizem
também que concordaram. Só houve uma certa resistência quando se soube que ele
exigia que o hino fosse cantado em uníssono pelo trio de vocalistas Neudo, Telmário e Mozarildo. Relutaram, mas
aceitaram. Tudo pela causa, não é verdade? E se a causa é o socialismo, nada
melhor do que três notórios sócios do governo a entoar:
“De
pé, ó vitimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra...”
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra...”
E por aí
vai. Lenin vai se tremer todo na tumba, digo, memorial, mas fazer o quê?
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