Houve um
tempo em que índio queria apito. Bons tempos. Hoje em dia, índio quer tudo e
mais quatro coisinhas. Índio queria terra. Deram terra ao índio. Índio quer saúde,
educação, assistência social. Aí a coisa pegou. E continua pegando. A Funai,
que parece só servir para transformar problema em conflito, não dá a
assistência que institucional e administrativamente lhe cabe. E joga tudo nas
costas do primeiro incauto; isto é: o governo do Estado. E índio passa a querer
Secretaria de Estado. Isso é que eu chamo upgrade! Pense bem. A Funai mobiliza
mundos e fundos, fabrica laudos antropológicos, se agarra com qualquer entidade
influente para dar o máximo de terra possível aos índios. E, graças à
acomodação da maioria silenciosa, ao medo de contrariar os monopolistas da
virtude, ao pavor de ser taxado de reacionário todo mundo cede e se dá aos
índios um horror de terra. E o mais interessante é que geralmente essa terra
fica em cima das melhores jazidas minerais. Ô indiozinho sabido danado. Se eu
fosse minerador contratava um grupo de índios e mandava escolherem um pedaço de
terra. Depois era só cavoucar. Se não saísse no mínimo tungstênio eu cegue.
Tungstênio já não digo. Mas molibdênio, com certeza. E os índios ficam ali,
naquele horror de terra, tomando cachaça e esperando assistência, espelhinho e
miçanga, porque Funai, que é bom, nada. Exagerei? Tente o gentil leitor ou a
bela leitora irem ao lago Caracaranã num fim de semana. Se derem sorte, talvez
o tuxaua não tenha enchido a cara e permita que você entre. Pode ser. Como também
pode ser que a Dilma seja competente. Cá comigo, duvido muito.
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