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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ao índio o que é do índio. Ou não.

Houve um tempo em que índio queria apito. Bons tempos. Hoje em dia, índio quer tudo e mais quatro coisinhas. Índio queria terra. Deram terra ao índio. Índio quer saúde, educação, assistência social. Aí a coisa pegou. E continua pegando. A Funai, que parece só servir para transformar problema em conflito, não dá a assistência que institucional e administrativamente lhe cabe. E joga tudo nas costas do primeiro incauto; isto é: o governo do Estado. E índio passa a querer Secretaria de Estado. Isso é que eu chamo upgrade! Pense bem. A Funai mobiliza mundos e fundos, fabrica laudos antropológicos, se agarra com qualquer entidade influente para dar o máximo de terra possível aos índios. E, graças à acomodação da maioria silenciosa, ao medo de contrariar os monopolistas da virtude, ao pavor de ser taxado de reacionário todo mundo cede e se dá aos índios um horror de terra. E o mais interessante é que geralmente essa terra fica em cima das melhores jazidas minerais. Ô indiozinho sabido danado. Se eu fosse minerador contratava um grupo de índios e mandava escolherem um pedaço de terra. Depois era só cavoucar. Se não saísse no mínimo tungstênio eu cegue. Tungstênio já não digo. Mas molibdênio, com certeza. E os índios ficam ali, naquele horror de terra, tomando cachaça e esperando assistência, espelhinho e miçanga, porque Funai, que é bom, nada. Exagerei? Tente o gentil leitor ou a bela leitora irem ao lago Caracaranã num fim de semana. Se derem sorte, talvez o tuxaua não tenha enchido a cara e permita que você entre. Pode ser. Como também pode ser que a Dilma seja competente. Cá comigo, duvido muito.

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