"Os índios estão sob fogo cerrado". A frase, da antropóloga
Manuela Carneiro da Cunha, da USP, explicita o sentimento de especialistas em
relação à questão indígena no Brasil, às vésperas do Dia do Índio, no sábado.
As terras indígenas, que somam 13% do território nacional, estão sendo
cobiçadas mais do que nunca. Elas estão fora do mercado, porque a Constituição
diz que são da União, com direito e usufruto exclusivo dos índios. Mas tramitam
no Congresso dezenas de projetos de lei que ameaçam essas terras. Há projetos
de mineração que se sobrepõem a esses territórios e projetos hidrelétricos que
o governo quer impulsionar e que afetam povos indígenas. E também terras
ocupadas por produtores rurais.
(Valor, edição de 17/04)
Comento
Vocês esto vendo né? Melhor nos prepararmos que lá vem a elite da esquerda nos
encher de culpa para que cedamos mais um pedacinho de terra aqui, outro ali,
recuemos em projetos que visem explorar racionalmente recursos naturais em
terras indígenas e, com isso, dar aos índios a cidadania e as condições de vida
que a FUNAI não dá... enfim, essas coisas que vocês estão cansados de saber e
que condenam nosso estado à estagnação. Será que esses ditos especialistas, do quilate e do calibre da doutora Manuela Carneiro da Cunha, estão cientes das condições em que vivem os índios em seus milhões de hectares de terra? Será ela honesta o suficiente para comparar a vida que eles levam, o conforto de que abrem mão, o sacrifício que fazem, alimentando-se de mandioca e mordidos por carapanãs sedentos, enquanto ela vive no bem bom? Duvido muito.
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