Em Duartina, município paulista na linha férrea Noroeste,
em algo como dois mil hectares, os índios Kaingang e Guarani produzem bicho da
seda, milho, gado etc. E tem lucro. Aprenderam com os brancos. Produzem como
brancos. Vão ao mercado atrás de lucro, como todo produtor. Mas se organizam
como índios, inclusive na hora de distribuir trabalho e resultados. E mantém a
língua, a religião e os costumes. A diferença? Não perdem tempo ouvindo
discursos que os incitem a tomar a terra de ninguém. E da FUNAI só querem
apoio. Ah, antes que me esqueça: atingem a maior produtividade brasileira na
produção de milho. O mesmo acontece em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O
Kaingang de lá aprenderam no contato com os brancos, produzem como brancos, ao
lado de fazendas de brancos, comerciam no mercado como quaisquer outros
produtores. Com uma FUNAI sem delírios expansionistas e que só apoia, tem a
maior produtividade brasileira na produção de trigo. Mantém a língua, a
religião e os costumes. São índios. E não precisam de ninguém a manipulá-los
para tomar a terra de ninguém. Vivem prósperos e em paz. Entre si e com seus
vizinhos. Isso deve querer dizer alguma coisa, não é mesmo?
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