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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Palavras de ordem para uma aliança muito louca

Sei que a curiosidade matou o gato, mas diante do tanto que essa chapa que Ângela vai encabeçar está prometendo ser heterodoxa, simplesmente tenho que saber quem vai estar dentro desse barco e, principalmente, que raios de conversa mole vão jogar para cima do eleitor. Sim, porque o PT não vive sem umas boas palavras de ordem, daquelas de fazer militonto sair babando de fervor ideológico, rasgar a camisa e atear fogo às vestes. 
Mas, peraí: estamos em Roraima. O que é que o povo do PT vai dizer ao povo de Roraima depois de todo o atrapalho de vida que tem sido? Principalmente, é preciso saber o que a Aliança para o Atraso, capitaneada por Nagib Lima e formada pelos dirigentes da FUNAI, do INCRA e do IBAMA vai dizer aos produtores. Como imaginação solta permite tudo, comecei a bolar alguns cartazes e faixas com palavras de ordem a serem usadas no dia do lançamento. Aqui vão algumas:

MAIS TERRA PARA OS ÍNDIOS
QUEM PRECISA DE ARROZ?
ARROZ NUNCA MAIS
PAU NO LOMBO DE QUEM CORTA PÉ DE PAU
EXIGIMOS DESMATAMENTO ZERO
VICINAL É PARA OS FRACOS: O PICADÃO É NOSSO
MOZARILDO É O PAI DOS POBRES, JUAN


E, no caminho da solenidade, poderemos ler pixada num muro qualquer:

CHEGA DE INTERMEDIÁRIOS: NAGIB LIMA PARA GOVERNADOR

Não vai dar problema. Para meter a mão no poder esse pessoal do PT aceita tudo. Até Mozarildo.


Sem noção do perigo

Alguém me diga aí: Jessé de Souza perdeu a  noção de perigo, o amor ao emprego, tá rasgando dinheiro? Só pode, senão ele não escrevia o que escreveu na Folha de hoje. Tá lá, com todas as letras, que em 2012,"Boa Vista terminou arrasada por buracos em vias públicas, demissões de servidores, obras largadas, falta de recursos e cortes financeiros". Mas, peraí: em 2012 quem estava na Prefeitura não era o Iradilson? E quem mandava e desmandava lá não era o Getúlio, patrão do Jessé? Então, como é que me diz uma barbaridade dessas, mordendo a mão que o alimenta? É ou não é uma coisa de gente sem juízo? Valha-me Deus!


À espera de um milagre


Este santo não faz milagre. Mas quer reza. E muita. Daquelas que Neudo e Otomar fizeram para obrar o milagre de elegê-lo senador. Será que, pendurado em Ângela, ele consegue de novo? É certo que pelo menos um milagre ele já fez: conseguir o apoio do PT. E lá vão os barbudinhos de vermelho empurrá-lo, na mais perfeita demonstração de que em politica tudo é possível. 

terça-feira, 29 de abril de 2014

Eleição é dureza. Mole, só mingau.

Ontem, no post (http://blogdocoutelo.blogspot.com.br/2014/04/e-pra-jogar-ou-so-pra-cumprir-tabela.html ), acho que andei sendo um pouco injusto com o senador Mozarildo. Ou, pelo menos, injusto com os muitos anos que ele dedicou à atividade parlamentar. Muito embora continue achando que essa atividade toda não rendeu muita coisa para Roraima, verdade seja dita: tenho que reconhecer que o Senador tem todo o direito e a prioridade de pleitear a vaga para disputar o senado na chapa da oposição. Se vai ter discurso e serviço prestado para disputar em pé de igualdade com os demais postulantes é outra história. Mas alijá-lo da disputa seria no mínimo uma falta de consideração daqueles que caminharam juntos com ele durante tanto tempo e, se mais não foi, com ele aprenderam as artes e manhas da política. Tremendo desrespeito e desumanidade seria deixar-lhe como única alternativa disputar uma vaga de deputado federal, que parece ser o que se estava pensando fazer. Covardia. A última eleição para deputado que Mozarildo disputou foi em 1984, 20 anos atrás, portanto. Desse tempo pra cá, só disputou eleições majoritárias e viu suas bases serem ocupadas por outro tantos candidatos que, nesse período, trataram de consolidá-las. Como e onde pedir voto para deputado?
Que fique com a vaga de candidato a Senador. Ela é sua por direito e por justiça. Mesmo que isso custe à oposição trabalhar dobrado. Mas, é como diz o outro: quer moleza? coma mingau.


O homem sabe das coisas

Por exigências de ofício, durante certo tempo recebi no meu e-mail releases com notícias da Secretaria de Segurança Pública de Roraima. Larguei o ofício, ou o ofício me largou, não importa, mas o fato é que continuei a receber os releases. Só que agora eles estão vindo em muito maior quantidade. Todo dia recebo pelo menos três, dando conta de ações da polícia na prisão de criminosos, desbaratamento de quadrilhas, reequipamento etc. Pensei cá comigo: ou o Coronel Amadeu está trabalhando dobrado ou sua Assessoria de Comunicação está cortando um dobrado para acompanhar a sua percepção corretíssima de que segurança é uma sensação, não tem materialidade. E que, além de botar a tropa na rua, equipada e com aparência de pronta para o combate, há que dar condições à inteligência e divulgar, com alta cobertura e frequência, ao nível da saturação, todos os sucessos, todas as prisões, enfim, tudo o que se faz no aparato policial civil e militar para que a população se sinta confiante e segura. E é isso que se está fazendo, com muita competência, aliás.
Descobri que ambas as hipóteses estão certas: o coronel está trabalhando no rumo correto e botando sua assessoria de comunicação para trabalhar em ritmo de marcha batida. Domingo passado, para exemplificar, coisa de 7:45h, sai de casa rumo ao supermercado mais próximo. No mesmo momento o coronel, que mora no mesmo condomínio que eu, também saia. Embora ele estivesse sisudo, com aquela cara de quem está repassando na mente uma agenda lotada, pensei cá comigo: lá vai o coronel visitar a família, relaxar com os amigos, ninguém é de ferro. Qual o quê. Não deu meio dia e minha caixa de mensagem já estava com várias mensagens com notícias da Secretaria de Segurança. O homem estava era trabalhando!

Tenho certeza de que a população, a cada dia, deve se estar sentindo mais e mais segura. Eu, por exemplo, estou.   

segunda-feira, 28 de abril de 2014

É pra jogar ou só pra cumprir tabela?


Estava lembrando aqui de uma história do Chico Anísio. Contava ele que um time de futebol de Maranguape foi jogar numa cidade vizinha e, como transporte, usou um caminhão caindo aos pedaços, sem freio e com o motor rateando. A cada descida, o motorista gritava: “desce para segurar”. E todos desciam. A cada subida, o motorista gritava de novo: “desce para empurrar”. Lá pras tantas, depois de tantas subidas e descidas segurando e empurrando, chegaram ao destino. Aí um dos jogadores, completamente extenuado, falou para o resto do time: “Homem, tá certo que a gente viesse. Mas precisava trazer o caminhão?”
Isso vem bem a propósito de post que li agorinha no facebook dando conta de que Mozarildo será o candidato a senador na chapa encabeçada por Ângela, a ser lançada no próximo dia 9 de maio. Sei que tudo pode não passar de especulação, intriga ou torcida. Mesmo assim, já me dou o direito de imaginar: será que as coisas já não andam suficientemente difíceis para a senadora? Raciocinem aqui comigo. Além de carregar o peso de Flamarion, seu marido e único governador de Roraima cassado pela Justiça, ela ainda vai ter que exibir e justificar um palanque formado, entre outras peças do mesmo quilate, pelos gestores da FUNAI, do INCRA e do IBAMA, todos do PT, todos impopulares ao nível da ojeriza, todos rejeitados pelo tanto que tentaram, tentam e, se deixarmos, continuarão tentando com afinco impedir o desenvolvimento do setor produtivo do Estado. Isso sem falar no seu próprio partido, o PT, que, com um escândalo atrás do outro, inflação sem controle, ameaça de pane no setor energético, queda na produção de veículos e no nível de emprego e outras mazelas, está completa e nacionalmente sem discurso capaz de engabelar mais uma vez o eleitorado. Principalmente aqui, em Roraima, onde nunca foi capaz de sensibilizar ninguém. Não bastasse tudo isso, não bastasse seu desempenho, para dizer o mínimo, pífio como senadora, ainda vai ter que dividir o palanque com Mozarildo e sua gastança a serviço da inércia?

É o caso de perguntar: precisa levar o caminhão?

domingo, 27 de abril de 2014

Toque de reunir competente, sô!

Publicitário de quem fui sócio dizia que só doido de carteirinha não muda de ideia. Como não tenho carteirinha... Num post do dia 25 passado neste blog O nó do nó. promovi e logo em seguida despromovi o deputado Soldado Sampaio. Promovi quando tomei conhecimento do discurso em que dizia ser necessário que as lideranças políticas se posicionassem e indicassem um candidato da chapa majoritária que vai se opor ao grupo governista, já que, para ele, as lideranças oposicionistas “não se posicionam e não apresentam nada de concreto. A oposição não se decide e enquanto isso, a situação está nadando abraçada”. Podia ter parado por aí. Mas não se conteve e, no mesmo discurso em que começara tão consciente da realidade política, enveredou pelo pantanoso caminho da denúncia vazia e foi imediatamente rebaixado.
Mas hoje, depois de ver que marcaram o lançamento da chapa oposicionista para o dia 9 de maio, reconheço meu erro. E o promovo a Cabo-Corneteiro. E dos bons! Foi só ele tocar o toque de reunir para o pessoal da oposição se tocar que estava comendo mosca e, em marcha batida, juntar todos os sem-governo, botá-los em forma e aguardar o toque de marcha. Que será tocado pelo Cabo-Corneteiro Sampaio, claro.
Dizem que, ao se dar conta de que conseguira, com seu toque, provocar a reação e reunir rapidamente tantos neo-socialistas no mesmo palanque, o Cabo Sampaio, como comunista empedernido, militante do glorioso PC do B, só fez uma exigência: tocar o hino oficial do comunismo, a Internacional Comunista, durante o lançamento da pré-candidatura da socialista Ângela.
Dizem também que concordaram. Só houve uma certa resistência quando se soube que ele exigia que o hino fosse cantado em uníssono pelo trio de vocalistas Neudo,  Telmário e Mozarildo. Relutaram, mas aceitaram. Tudo pela causa, não é verdade? E se a causa é o socialismo, nada melhor do que três notórios sócios do governo a entoar:
“De pé, ó vitimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra...”

E por aí vai. Lenin vai se tremer todo na tumba, digo, memorial, mas fazer o quê?

sábado, 26 de abril de 2014

Cavalo não tem chifre. A não ser que alguém coloque. E estão colocando.

(Um post um pouco longo, mas necessário. Paciência e perseverança que dá para ir até o fim.)

Mais perdida que deficiente visual em tiroteio, a oposição, na falta de algo mais, digamos assim, atraente para o eleitor, resolveu apelar para o velho recurso de tentar desestabilizar seus oponentes. E soltou seus militontos barbudinhos e imberbes nas redes sociais, prontos para tudo. Primeiro, para dar um alento, uma dose extra de oxigênio aos petistas e sem-governo em geral, fornecer-lhes alguma coisa para argumentar. Segundo, para tentar semear o pânico e a insegurança nas hostes governistas, principalmente entre os simpatizantes da candidatura Anchieta.
É só entrar no face book para ver lá posts e mais posts insistindo num possível dissenso entre o ex e o atual governador. Uma briga que não houve, não há e não haverá, é o que me dizem meus muitos anos como observador da cena política e seus personagens - a natureza humana é a mesma aqui, ali e acolá, podem ter certeza.
O pior de tudo é que tanto os com quanto os sem-governo terminam embarcando na conversa mole, engolindo qualquer boato e procurando chifre em cabeça de cavalo, enfim, algo que consiga dar materialidade à euforia de uns e à paranoia de outros. E multiplicando algo que não é especulação: é esperteza, que nisso de espalhar boatos e criar a cizânia os petistas e seus aliados de conveniência são mestres. É só lembrar das muitas vezes em que saíram de casa em casa espalhando que Serra ou Alckmin iam acabar com o bolsa-família, privatizar o Banco do Brasil e a Petrobrás e outras mentiras que tais.
Vamos desenhar aqui. Chico é Chico, Anchieta é Anchieta. Duas pessoas, dois estilos, duas experiências, duas histórias de vida. Chico é candidato a governador; Anchieta, a senador. Não disputam o mesmo espaço, são aliados. Claro que Chico, ao assumir, tinha que estabelecer um diferencial, até para justificar para os seus aliados históricos a sua capacidade de transformar em ação os seus muitos anos de militância política, mostrar a que veio, deixar claro quem é e do que é capaz. E está mostrando, lenta e seguramente como recomenda o manual. Para se eleger, Chico precisa usar esses poucos meses para mostrar serviço, capacidade de trabalho, de gestão e de conciliação de interesses conflitantes, enfim, qualidades inerentes a quem governa. Só assim pode pensar em convencer os eleitores.
Anchieta, não, não tem que mostrar o que é capaz de fazer. Não está disputando cargo administrativo. Tem só que permitir que o eleitor o compare com os seus possíveis oponentes, deixar clara a distância que há entre a sua estatura, dimensão e visão de mundo e a deles. E, com certeza, sair amplamente vitorioso na comparação. Porque, no Senado, Roraima precisa de alguém com cosmovisão suficiente para entender o processo politico e o momento histórico. E isso Anchieta já mostrou ao sair do rame-rame da administração do dia-a-dia para assumir o ônus de voltar o seu governo praticamente todo para dar início a um processo irreversível de construção da infraestrutura que o estado precisa para tomar o caminho da produção como única forma de atingir o estágio de desenvolvimento que seu potencial permite antever.  Quem entender isso pensa no futuro e sabe escolher o caminho certo para chegar lá. Quem não entender, que se contente com um ou outro concurso público, cada dia mais raros, e uns carguinhos comissionados.

O resto não passa de fofoca pré-eleitoral, tentativa desesperada de escapar do perigo de ficar mais uns tantos anos sem um governo para chamar de seu. E aproveitar.

É pelo dedo que se conhece o gigante

Às vezes, um pequeno detalhe permite que se possa estimar o todo. No caso, a forma atenciosíssima, muito além da simples cortesia, com que os funcionários da Prefeitura de Boa Vista, no Centro de Saúde Silvio Lofego Botelho, recebiam os que ali foram, neste sábado, vacinar-se contra a gripe permite que se possa concluir, com razoável margem de certeza, que tem alguém cuidando com muita atenção, muito cuidado, muito empenho da Saúde na Administração Municipal. Se em todas as unidades de saúde municipais o atendimento chegar pelo menos perto do nível de atenção e simpatia do que testemunhamos, eu e minha mulher, naquela unidade de saúde, a Secretaria de Saúde Municipal pode começar a comemorar: está no caminho de prestar um serviço de primeira linha ou, como se diz hoje em dia, Padrão FIFA. Estou, é claro, tomando o todo pela parte. Mas a parte que vimos me diz: tem alguém cuidando da Saúde em Boa Vista. E quem é capaz de cuidar tão bem de detalhes como tratar com gentileza extrema o contribuinte, deve estar cuidando bem de tudo. Pode não ter chegado ainda ao lugar desejado, mas está caminhando a passos de gigante para chegar lá. E vai chegar, não tenham dúvida disso.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Morto, André Vargas administra o próprio velório

Do blog de Josias de Souza (http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/)

Foram as pesquisas de opinião que levaram o PT a amarrar o deputado André Vargas no poste. Sondagens quantitativas e qualitativas revelaram ao partido que a Petrobras e a proximidade com doleiro tornaram-se potenciais sorvedouros de votos. Daí a tortura psicológica a que o ex-vice-presidente da Câmara foi submetido antes de se desfiliar do PT, nesta sexta-feira.
Para o PT, Vargas morreu. Mas é o defunto quem administra o velório, não o seu ex-partido. E o morto quer plateia. Ainda deputado, ele permanecerá nas manchetes enquanto durar o processo de cassação. Com os vazamentos periódicos da PF e as aparições no Jornal Nacional, em vez de morrer para meia dúzia de ex-companheiros, Vargas terá um velório de milhões de pessoas.
Ao abandoná-lo na capela, o PT arrisca-se a pagar o preço das suas contradições. Os defuntos do mensalão tiveram velórios domiciliares. Não foram vestidos às pressas e despachados pelos fundos. Não, não. Absolutamente. Mesmo na prisão, continuam sendo velados na sala de visitas. Vistos à distância, os braços erguidos e a casa iluminada sugerem a ideia de uma festa, não de um velório.
O contraste convida a plateia a refletir: ora, se um mensaleiro é um revolucionário que teve o azar de brigar com o Roberto Jefferson, o André Vargas é um injustiçado que ainda não chantageou o PT adequadamente.
(Postado por Marcelo Coutelo)

Recordar é viver


Como prometido, volta à página inicial do blog a foto da nossa Senadora compartilhando com muita alegria, com o autor, o registro de uma das maiores molecagens a que o parlamento brasileiro já assistiu.  


O nó do nó.

Com a autoridade que os muitos anos de idade e como observador da cena politica Brasil afora me conferem, depois de ler o Jornal de Roraima de hoje pensei em promover o deputado Soldado Sampaio a, no mínimo, cabo. Cabo Sampaio, que tal? Pela primeira vez, um político da dita oposição ou um autoproclamado analista acertou uma.
Quer dizer, acertou só um pouquinho, se acertasse tudo não seria soldado: seria general. Acertou quando disse ser necessário que as lideranças políticas se posicionem e indiquem um candidato da chapa majoritária que vai se opor ao grupo governista. Para ele, as lideranças oposicionistas “não se posicionam e não apresentam nada de concreto. A oposição não se decide e enquanto isso, a situação está nadando abraçada”. Até aí, foi bem. Depois enveredou pelo perigoso caminho da denúncia vazia e perdeu uma bela promoção. Quem sabe na próxima?

O caso é que nem ele nem, até hoje, ninguém que eu tenha lido atentou para um detalhe importante do jogo que já está sendo jogado há muito tempo. Quando, ainda em outubro do ano passado, concebeu o Movimento Roraima Forte, com todo cuidado, cobrindo todas as possibilidades, e lançou-o com a pompa e circunstância devidas, o Senador Romero Jucá deu um nó difícil de desatar. Armou um projeto tão abrangente e com objetivos tão meritórios e inquestionáveis que, primeiro, permite a adesão muito bem justificada de qualquer, eu disse qualquer, político que se queira comprometido com o desenvolvimento de Roraima. E quem não é? Segundo, deixou a oposição, que já estava carente de nomes competitivos, completamente sem discurso. Afinal de contas, quem pode ser contra um Movimento que assume compromissos tão indiscutíveis com o desenvolvimento sustentável do Estado? Quem pode, em sã consciência, ser contra um Movimento que defende a autodeterminação e a liberdade, a produção e o empreendedorismo, a consolidação da infraestrutura, um serviço público de qualidade e uma gestão moderna e eficaz? Em suma, tudo o que Roraima precisa para crescer está ali, é dificílimo ser contra. E é facílimo ser a favor. Afinal de contas, aderir a um projeto dessa magnitude e com tais objetivos jamais pode ser chamado de fisiologismo, não é verdade?
Até aí foi o nó. Agora vem o nó do nó. Raciocinemos aqui, não dói nada. Se o Movimento Roraima Forte já se apropriou da bandeira do desenvolvimento em bases modernas e sustentáveis, com que bandeira a oposição vai às ruas: mais órgãos públicos, mais terras para os índios, menos árvores cortadas ou invada que o governo garante?
E, se forem capazes de sacar do bolso do colete uma proposta mágica, uma bandeira meritória, quem vai empunhá-la? Quem, afora os com problemas, digamos, judiciais, vai ser capaz de se comparar e contrapor a uma liderança que nesta semana, só para exemplificar, deu mais um show de articulação, influência e poder no Congresso, onde as coisas realmente acontecem?
Aprendi com os índios do Xingu. Se você vir um caminhão cheio de gente indo para algum lugar, não pergunte para onde ele está indo, suba imediatamente que só pode ser para um lugar bom. 


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Semana cheia. E proveitosa.

O Senador Romero Jucá deve estar rindo de orelha a orelha. E tem motivos de sobra. Afinal de contas, esta pode, sem favor algum, ser chamada de semana Jucá. O homem saiu vitorioso de goleada em tudo o que se meteu, dando uma mostra de prestigio de dimensões poucas vezes vistas no parlamento brasileiro. Vejam se não foi. Primeiro, presidiu a sessão histórica que aprovou o Marco Civil da Internet. E ali pintou o sete, usou toda sua reconhecida capacidade de articulação. Inverteu ordem de votação de artigos polêmicos, apaziguou os ânimos e resolveu contendas entre membros do governo e oposição e, enfim, conseguiu aprovar a Lei em tempo record. Depois viu aprovada em segundo turno, na Câmara dos deputados, a PEC 111, para a viabilização da qual empenhou toda a sua influência no Congresso. A mesma influência que o fez ser escolhido, por unanimidade de seus pares, relator da Lei Orçamentária de 2015, ganhando ainda mais poder na esfera federal. Quer dizer, tem todo direito de chegar em frente ao espelho, apontar para sua imagem refletida e dizer: tu és o cara! Justo. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A orfandade das “pessoas que não quiseram se identificar”.

Houve um tempo em que andei pesquisando bastante para saber onde e como vivem as tais “pessoas que não quiseram se identificar”, encontradiças na Falha de Boa Vista sempre que eles lá querem caluniar ou ofender alguém, denegrir uma administração ou serviço público posando de isentos, ou seja, quase todo dia. Descobri que aquelas pessoas vivem em cativeiro nos porões do periódico, sob a guarda e o comando de um jovem repórter inimigo figadal da verdade e que tem uma enorme preguiça de apurar os fatos, ouvir o outro lado, enfim, essas coisas triviais e chatas pra caramba de um jornalismo que se queira sério e merecedor de credibilidade.
Ao saber quem cuidava das “pessoas que não quiseram se identificar”, confesso, temi por sua segurança, e mesmo pela continuidade de sua existência. Afinal de contas, aquele não era exatamente um guardião capaz de alimentá-las, cuidá-las, mantê-las em condição de atuar, enfim. Mas, como com o tempo elas continuavam vivas e buliçosas, aparecendo quase todo dia numa matéria amarronzada da Falha, pensei cá comigo: deixa pra lá, o cara é meio, como dizer, turbinado, mas precisa delas para seus delírios em forma de matéria, capaz de alimentá-las bem, dar-lhes uma roupinha legal, leva-las ao cinema.
Mas parece que o jovem guardião das “pessoas que não quiseram se identificar” arranjou uma boquinha numa secretaria aí do governo. E agora? Será que vai ter tempo para cuidar das coitadinhas? Capaz de entrega-las a qualquer um, uma pessoa cruel e insensível, incapaz de compreender as necessidades de seres tão, digamos assim, gasosos e arredios. Um perigo.
Voltei a ficar preocupado. É bem capaz de as “pessoas que não quiseram se identificar”, num gesto tresloucado de rebeldia, conseguirem fugir e deixar o, vá lá que seja, jornal no ora veja. Ai lascou, como diria o outro. Logo agora que me autoproclamei ombudsman não remunerado, lupa na mão, incansável pesquisador das falhas da Falha, como é que fico? Será que eles serão vingativos a ponto de baixar o nível e começar a publicar a verdade, evitar as barrigas, ouvir o outro lado, checar as fontes... tudo isso só para me privar da diversão de pegá-los no flagra?

Acho que devo relaxar. O vício de mentir é mais difícil de largar do que o cigarro. Este ombudsman do jornal alheio tem trabalho pra muito tempo ainda.

De como transformar barrigada em dobradinha

Não, caro leitor, não vamos adentrar o salivante terreno da culinária, longe de nós tal pretensão. Mas vamos tratar de arrogância e da mais completa, encerada e polida cara-de-pau que já se pode encontrar na imprensa roraimense, cuíca do Brasil. A Falha de Boa Vista dessa vez ultrapassou todos os limites. Da ética, do pudor, do respeito ao leitor, da vergonha na cara e por aí vai, reduzindo a nitrato de pó de traque qualquer manual de jornalismo, por chinfrim que seja, da mais amadorística publicação do Urubuquaquá ou do Pinhenhém, lugarejos pobres, porém limpinhos.
Na Segunda, a Falha (D’ora em diante só me vou referir assim ao Diário, até que ele, pelo menos uma vez, assuma um erro sequer; como não vai...) cometeu aquilo que em qualquer jornal do mundo seria considerada uma barrigada sesquipedal, daquelas de gerar pânico nos desavisados, com nítidos objetivos de por em evidência suas preferências político-eleitorais, ora meio apagadinhas. E, pior, depois defecou goma, como veremos. Quem o editor daquele, digamos assim, jornal pensa que é: Orson Welles?
Na terça, enquanto todos esperavam o desmentido humilde e tranquilizador, eis que, com a arrogância de sempre, em lugar de acocorar-se jornalisticamente, acocorou-se politicamente. E ressuscitou o inefável Nagib Lima para, atacando os opositores, tentar justificar o injustificável e dar uma forcinha ao seu destino de despontar para o anonimato.
Até aí tudo dentro do previsto, é da natureza do periódico em causa, a arrogância e a falta de simancol fazem parte de seu código genético. Mas, na edição deste dia de São Jorge, ultrapassaram todos os limites, perderam de vez a compostura e o mínimo de honestidade intelectual que lhes restava. E a barrigada da segunda foi promovida como por milagre do que é - em sua essência e significado um erro grosseiro, a desobediência ao princípio básica de checar as fontes – para a de salvadora da pátria. Ficamos sabendo estupefatos que, segundo ela própria jactou-se, foi graças unicamente à Falha de Boa Vista que as autoridades competentes tomaram providências para reverter uma situação que nunca existiu.
Delírio de grandeza do tipo faz lembrar aquele semanário de uma pequena cidade do interior de um estado brasileiro - não vou dizer qual, não sou besta – que, diante da iminente tomada de Berlim pelos russos, começou um artigo com essas singelas palavras: “Bem que este jornal cansou de avisar ao Senhor Hitler que...”.

Imodéstia, dirão vocês. No caso do jornalista provinciano pode até ser. Em se tratando da Falha de Boa Vista, é um caso típico de megalomania. E isso vem do berço. 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Como a Mula-sem-cabeça, Nagib Lima existe. Tal e qual.

Até recentemente, pensava que Nagib Lima não passava de uma lenda urbana ou, melhor, silvestre, daquelas que são contadas para assustar crianças  em noites escuras e fantasmagóricas, feito o Saci Pererê, o Curupira, a Mula-sem-Cabeça e outros tantos personagens aterrorizantes que povoam a mitologia brasileira. Ouvia falar de sua feroz impiedade no caso da expulsão dos arrozeiros, via produtores rurais tremer diante da simples menção de seu nome, mas continuava a vê-lo como fruto da imaginação e do medo de perder a terra que a Funai e o PT sempre provocam. Como é que se pode acreditar na existência de um homem que, durante os mais de quarenta e cinco dias em      que a greve da Suframa quase acaba com o nosso comércio, por mais que se clamasse por sua intervenção, na qualidade de superintendente-adjunto do órgão, não mexeu uma palha, parecia que Roraima e os roraimenses não eram problema dele. 
Natural, portanto, que não acreditasse em sua existência. Mas ele existe. E, como todo petista, principalmente os da baixa elite partidária, se presta a qualquer serviço. Agora, por exemplo, no rastro de uma enorme e retumbante barrigada da Folha de Boa Vista, daquelas que o, por assim dizer, jornal comete quase todo santo dia, eis que o espectro de Nagib Lima materializa-se para tomar as dores e transformar um erro jornalístico grosseiro em assunto eleitoral. E com a mesma sanha com que investiu contra os arrozeiros, investe agora contra seus adversários políticos, doido para ver se viabiliza a candidatura do PT e, com isso, sai da condição de suplente e ganha asas e força para ajudar o seu Partido a acabar de vez com nosso Estado. Não vai conseguir, é claro. Já, já estará de volta à sua irrelevância, carimbando papéis lá na Suframa e incitando de longe a FUNAI, o INCRA e o IBAMA a serem um pouco mais duros com quem queira produzir.
Que o deputado Rodrigo reaja a uma notícia em que via o enorme prejuízo que uma ação tresloucada do governo federal iria causar a seu estado, mais do que normal, é louvável. É assim que se defende os interesses do estado e da população que se representa. Que a Folha seja leviana, como costumeiramente é, publicando notícias alarmantes sem checar ou atribuindo-as a “pessoas que não quiseram se identificar”, embora ética e jornalisticamente reprovável, também é normal, em se tratando do jornal de Getúlio, acontece sempre.

E, quer saber?, em se tratando de alguém que deixa seu estado natal quase desabastecido durante a greve no órgão em que tem cargo de direção, a leviandade e o espírito de aproveitador também são normais. Estão no DNA do PT. 

Agora acredito que Nagib Lima exista. Tal e qual a mula, sem cabeça.


sábado, 19 de abril de 2014

Do blog de Rodrigo Constantino no site da Veja



Hoje é Dia do Índio, criado por Getúlio Vargas. Dia para que toda elite branca culpada se penitencie por suas conquistas materiais e, com isso, torne-se presa fácil para os oportunistas de plantão, que falam em nome das “minorias”, mas agem em benefício próprio.
Não, eu não estou aqui negando que os índios sofreram no passado. Longe de mim! Estou apenas constatando que toda a história maniqueísta e revisionista, que trata o homem branco ocidental como “malvado” e os índios como vítimas puras e indefesas, não passa de balela, uma mentira que serve aos interesses de muita gente.
Mas a maldita ideia de “bom selvagem”, divulgada por Rousseau, sobrevive, e ainda conquista muitas almas. “Ah, como os índios viviam em paz com a natureza e sem a corrupção capitalista!” Nada disso. Viviam como selvagens, bárbaros, que destruíam a natureza por ignorância científica, ateando fogo na mata toda, e se matavam entre si, sem falar de práticas nefastas como o infanticídio, existentes até hoje em algumas tribos remanescentes.
Sad, but true, como diria o Metallica. Mas a questão indígena cai como uma luva na narrativa dos esquerdistas que lideram a “marcha dos oprimidos”. Tudo para condenar o capitalismo, o homem branco ocidental malvado, explorador, cruel, insensível. E, claro, demandar reparações, muitas reparações, intermediadas pela corrupta Funai, porque ninguém é de ferro.
Em sua coluna de hoje na Folha, Kátia Abreu fala do Dia do Índio, defendendo que o povo indígena merece cidadania, não apito. Devemos olhar para frente, não para trás. Há algo de cruel e arrogante no tratamento que a elite culpada dá aos índios, vistos como mentecaptos, inimputáveis, seres inferiores que merecem sua nobre proteção, algo como bichos num zoológico humano.
Não! Índios são brasileiros, a maioria totalmente adaptada ao ambiente cultural, e devemos lutar por um Brasil sob o império das leis, ou seja, que trate cada um da mesma forma, como cidadão. Criar duas nações segregadas dentro do mesmo país, a nação indígena e a nação dos brasileiros, é absurdo. Diz a senadora:
Basta escutar a demanda dos indígenas de nosso país e observar suas precárias moradias para ter ciência de que não querem, nem pretendem, voltar a uma era pré-Cabral. Querem ser brasileiros indígenas, índios cidadãos, e não constituir isoladamente uma nação dentro da nação brasileira, que é de todos nós.
De outro lado, a Funai deveria parar de incitar o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) a travar uma luta contra o agronegócio, o lucro, a economia de mercado e os produtores rurais, como se esses fossem os verdadeiros responsáveis pelos atuais conflitos agrários envolvendo demandas indígenas.
Não é mais possível que índios sejam os instrumentos de tais políticas, sendo eles, da mesma maneira que os empreendedores rurais, vítimas de uma situação que os ultrapassa.
Concordo. Não há como discordar! Os índios, como abstração, viraram apenas instrumento de uso ideológico ou monetário para alguns, e os índios de carne e osso sofrem as consequências, vivendo em favelas rurais, abandonados, tratados como cidadãos de segunda classe. Os líderes enriquecem, os corruptos do governo também, e a maioria vive na miséria.
Kátia Abreu conclui: “A injustiça não pode ser acobertada ideologicamente pelos que visam a destruir a economia de mercado e o Estado democrático de Direito, transformando indígenas em meros instrumentos de seus projetos políticos”. Eis uma homenagem realmente louvável aos índios no dia de hoje, bem melhor do que vestir o filho com um cocar e achar que, assim, os “brancos malvados” redimiram seus pecados de séculos atrás.
Por Rodrigo Constantino

(Postado por Marcelo Coutelo)

Cuidado, eles estão indóceis




"Os índios estão sob fogo cerrado". A frase, da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, da USP, explicita o sentimento de especialistas em relação à questão indígena no Brasil, às vésperas do Dia do Índio, no sábado. As terras indígenas, que somam 13% do território nacional, estão sendo cobiçadas mais do que nunca. Elas estão fora do mercado, porque a Constituição diz que são da União, com direito e usufruto exclusivo dos índios. Mas tramitam no Congresso dezenas de projetos de lei que ameaçam essas terras. Há projetos de mineração que se sobrepõem a esses territórios e projetos hidrelétricos que o governo quer impulsionar e que afetam povos indígenas. E também terras ocupadas por produtores rurais.

(Valor, edição de 17/04)


Comento

Vocês esto vendo né? Melhor nos prepararmos que lá vem a elite da esquerda nos encher de culpa para que cedamos mais um pedacinho de terra aqui, outro ali, recuemos em projetos que visem explorar racionalmente recursos naturais em terras indígenas e, com isso, dar aos índios a cidadania e as condições de vida que a FUNAI não dá... enfim, essas coisas que vocês estão cansados de saber e que condenam nosso estado à estagnação. Será que esses ditos especialistas, do quilate e do calibre da doutora Manuela Carneiro da Cunha, estão cientes das condições em que vivem os índios em seus milhões de hectares de terra? Será ela  honesta o suficiente para comparar a vida que eles levam, o conforto de que abrem mão, o sacrifício que fazem, alimentando-se de mandioca e mordidos por carapanãs sedentos, enquanto ela vive no bem bom? Duvido muito.

Ambisinistra

Entreouvido no Congresso.

- O Mercadante é o braço direito da Dilma.
-Oi, eu não sabia que a Dilma tinha dois braços esquerdos!

Todo dia é dia de índio?

(Este é um texto mais ou menos longo. Mostra um pouco da minha recorrente preocupação com o que a FUNAI está fazendo com nosso Estado. Procurei torná-lo leve e envolvente. Acho que vale a pena ler até o fim.)

O grande filósofo Jorge Ben, que depois, por artes da numerologia, transformou-se em Jorge Benjor, tem uma música em que diz: “todo dia era dia de índio/agora é só 19 de abril”. Foi gravada pelo próprio e, se não me falha a memória, pela inefável Baby Consuelo. Fez sucesso, é claro, como qualquer baboseira que coloque o branco ou o empreendedor na condição de vilão da história. E virou hino das esquerdas progressistas, na época em que só podiam mesmo cantar hinos do tipo e entoar, em êxtase revolucionário, canções de Chico Buarque e Geraldo Vandré, coitado. Peraí, se não é para comemorar o dia do índio, a que vem este post? Calma aí.

Hoje, Dia do índio, na coluna Lavrado Político, o Jornal de Roraima nos dá conta de que a Feira do Produtor está abrigando dezenas de índios, que a usam como base para sair a vagar pelas ruas a embriagar-se, porque seu tutor, a FUNAI, órgão que devia cuidá-los, não os cuida. E por que não os cuida? Tenho cá minha opinião. Primeiro porque é um órgão estatal. E o Estado, graças à sua paquidérmica e surrealista burocracia, já se mostrou incapaz de manter uma estrada trafegável, que dirá de ensinar, acompanhar, assistir, implementar e produzir resultados positivos na passagem dos índios de uma economia de subsistência para outra capaz de gerar excedentes e, em consequência, lucro. O que os tornaria independentes, capazes de prover seu próprio sustento, pagar um plano de saúde, botar os filhos na universidade, comprar um monte de Hilux, vestir uma camisa listrada e sair por aí. Mas, não, isso iria acabar com a cultura deles e os antropólogos e outros ólogos  e istas de igual serventia iriam viver de quê?

Segundo porque, depois que o PT assumiu o poder, tristes 11 anos e pico atrás, os que dirigem a FUNAI – antropólogos, indigenistas e cientistas sociais de esquerda em geral - passaram de anti-brancos para anticapitalistas, anti-lucro. Quer dizer, passaram não, adquiriram o poder de por livremente em prática aquilo em que sempre acreditaram.
E onde está o lucro a ser combatido senão na fronteira agrícola, acima e debaixo do solo? E onde tem uma fronteira agrícola praticamente inexplorada e pra lá de viável, dada sua própria natureza e proximidade do Caribe? Em Roraima, é claro. E onde tem minério a dar com o pau? Roraima de novo, mas que coisa!

Aí, toca a congelar essas terras, porque os empreendedores agrícolas e minerais estão de olho e são cruéis em sua busca desenfreada pelo lucro. E, para impedi-los, necessário congelar metade do território, deixando o resto para o IBAMA impedir o uso e o INCRA ajuda a invadir.

Só que congelam a terra e congelam os índios, que podiam viver, e muitíssimo bem, da renda da terra e dos royalties da exploração mineral. Mas que são condenados a viver da agricultura de subsistência, plantando um milhinho aqui, uma mandiocazinha ali e dançando alegres e febris em sua natureza cordial, esperando que o governo do Estado tire de seus parcos recursos orçamentários um pouquinho para educa-los, dar-lhes saúde, educação, pontes e estradas para sua trafegabilidade e o que mais der. Ou então, a Feira do produtor está logo ali.


Todo dia é dia de índio? É nada! Enquanto o PT estiver dando as cartas, todo dia é dia de FUNAI. 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Foto emblemática é bandeira do blog

A foto abaixo, que mostra a senadora Ângela rindo das molecagens do deputado André Vargas para afrontar o Ministro Joaquim Barbosa, revela claramente o quanto o jeito PT de ser a agir incorporou-se na Senadora Ângela. Vai ficar aí até que, mais uma vez, um hacker a serviço do atraso a tire mais uma vez. E mais uma vez e mais outra e mais outra será postada, sempre abrindo o blog. Será nossa bandeira. Quem tiver medo da verdade que a esconda. 

Recordar é viver




Nossa senadora, compartilhando com alegria o registro de uma das maiores molecagens que o parlamento brasileiro já assistiu.



Gato escondido com o rabo de fora

Este blog começou a ser veiculado na quarta feira passada, dia 9 de abril , portanto, e já está incomodando. Tanto que sofreu o primeiro ataque. Conseguiram entrar aqui, pensando que anonimamente, e deletaram as duas fotos onde a senadora Ângela Portela posa, risonha e pimpona, ao lado do notório deputado André Vargas - ele mesmo, o amigo do doleiro que está preso - naquela triste sessão em que cometeu aquela molecagem. É assim que eles trabalham, escondendo a verdade, evitando o contraditório e, se possível, calando o opositor que consiga não botar vírgula entre o sujeito e o predicado. Tem um tal de Pablo Sérgio, então, que é uma gracinha. Cada vez que alguém entra no facebook e comenta contrariando sua opinião, o menino dá um piti e bloqueia o comentarista. Quer dizer: está pregando para convertidos e se dando por muito satisfeito por ter quem ainda acredite na Revolução que redimirá todos os povos, de todos os vários sexos. Não sabem jogar. Aquele post ia ficar ali e brevemente seria esquecido. A foto está em vários arquivos e agora vai ser postada todo dia. E, outra coisa: já temos o IP do invasor. Ele que pague pelo seu crime. Porque, embora pareça brincadeira de hacker amador: é crime.

Acabou a munição

Olhaí, barbudinhos sectários e inocentes úteis do PT em geral, movidos a sanduíche de mortadela e Guaraná Baré pra sustentar o luxo das elites partidárias: na eleição deste ano vocês não vão poder sair por aí pela periferia dizendo que Aécio ou Eduardo, caso eleitos, vão acabar com o bolsa-família. Aécio disse que vai expandir, Eduardo, que vai ampliar o benefício, eufemismos para aumentar, tanto a quantidade de beneficiários quanto a grana em si mesmo, uma bufunfa pra quem não bate um prego numa barra de sabão. Aécio, inclusive, disse que no governo dele o bolsa vai para 500 reais por família com chefe universitário, se não me engano.  Quer dizer: vocês só vão ter a privatização do Banco do Brasil, da Caixa e da Petrobrás para usar em suas tentativas de desconstruir os candidatos da oposição. Se bem que a Petrobrás vocês já privatizaram: é dos empregados, dos fundos de pensão e do pessoal do Partido que está lucrando com coisinhas de somenos, tipo a refinaria de Pasadena. Para nós, que achávamos que o petróleo era nosso, sobrou só o bagaço dos laranjas. E os laranjas estão presos. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sempre bom relembrar

Mais do que mil palavras

LEIAM ABAIXO:

Do Blog do Noblat

Experiência Esperta

Experiência doidivanas

Caminho perigoso

Cachaça com terra


Tem General no terreiro

Do Blog do Noblat

O ex-presidente Lula tem se queixado da ineficiência do governo Dilma em fazer sua defesa. Esses dias, numa roda de petistas e para aliados, ele reclamou: “O governo se defende pouco. Tem números a seu favor, mas não consegue reagir”. Essa apatia na comunicação, segundo Lula, está permitindo que se forme uma opinião pública negativa (sobre a compra da refinaria de Pasadena).
Comento:
Agora só falta o Secretário de Comunicação de Dilma ficar magoado e, via facebook, dar um piti, mostrando as vezes em que ganhou de Lula em eleições pretéritas. Bem capaz. Tá na moda. 

Experiência Esperta

Em Duartina, município paulista na linha férrea Noroeste, em algo como dois mil hectares, os índios Kaingang e Guarani produzem bicho da seda, milho, gado etc. E tem lucro. Aprenderam com os brancos. Produzem como brancos. Vão ao mercado atrás de lucro, como todo produtor. Mas se organizam como índios, inclusive na hora de distribuir trabalho e resultados. E mantém a língua, a religião e os costumes. A diferença? Não perdem tempo ouvindo discursos que os incitem a tomar a terra de ninguém. E da FUNAI só querem apoio. Ah, antes que me esqueça: atingem a maior produtividade brasileira na produção de milho. O mesmo acontece em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O Kaingang de lá aprenderam no contato com os brancos, produzem como brancos, ao lado de fazendas de brancos, comerciam no mercado como quaisquer outros produtores. Com uma FUNAI sem delírios expansionistas e que só apoia, tem a maior produtividade brasileira na produção de trigo. Mantém a língua, a religião e os costumes. São índios. E não precisam de ninguém a manipulá-los para tomar a terra de ninguém. Vivem prósperos e em paz. Entre si e com seus vizinhos. Isso deve querer dizer alguma coisa, não é mesmo?

Experiênci doidvanas

Nessa linha de tirar renda de terras indígenas, há uma experiência passada muito interessante. Aí pelo fim dos anos 70 início dos 80, um grupo de indigenistas da FUNAI, liderados por Odenir e Xará, e certamente sob a inspiração de Cláudio Romero, o gênio da raça, montou um grande projeto para produzir arroz em terras dos Xavantes, no Mato Grosso. A FUNAI botou tratores, insumos, sementes o diabo a quatro em suas mãos. Toca a trabalhar, construir armazéns, alojamentos, toca a destocar, arar, gradear, semear... E os índios só olhando aquele salseiro todo. Resumo da ópera: os caras não sabiam nada de produzir arroz em bases lucrativas, jogaram um dinheirão fora e o projeto deu no que era previsto: nada. E os índios? Não ganharam nada (a não ser os tratores para se locomover), não aprenderam nada, não mudaram em nada seus hábitos de viver um dia por vez. Em compensação, a expectativa gerada elevou o rol de suas necessidades de consumo. E até hoje batem à porta da FUNAI, querendo caminhões, caminhonetes e, vamos ser claros, uma grana pra comprar o que precisam. Ou vocês pensam que índio é besta e prefere ter um trabalhão caçando em vez de comprar a carne ali no açougue mais próximo? Ou vocês pensam que fazer panela de barro é melhor do que comprar panela de alumínio? Ou vocês pensam que remar feito um condenado rio acima é melhor do que rodar a manete de um bom motor de popa? Se pensam, não conhecem a natureza humana. Deve ser por isso que a FUNAI abandonou experiências do tipo.

Caminho perigoso

Os antropólogos, indigenistas e curiosos em geral, “progressistas” por natureza, abrigados na FUNAI ou com seu apoio e incentivo, estão levando os índios por um caminho perigoso, daqueles que se sabe como começa, mas não como termina. Teimam em enfiar os índios de Roraima num figurino que não lhes cabe. E nesse afã, fingem desconhecer o básico: nossos índios, em sua maioria, não vivem nus e soltos pela selva, catando raízes, colhendo frutos e caçando macacos e jacus, o contato já foi feito há muito tempo, a convivência dura o suficiente para hábitos e costumes serem absorvidos. Hoje, índio quer muito mais do que apito, uma rede e um pedaço de beiju com caldo de piranha. Índio quer conforto – quem não quer? – quer motor de popa, quer casa de alvenaria, quer moto, quer TV de LED... Só não sabe como conseguir. E ninguém ensina. Em vez de “desintrusar” (ô palavrinha, meu Deus!), não seria melhor entrar num acordo com os fazendeiros, arrendar as terras por um valor compensatório e distribuir os lucros com os índios? Ou, indo mais além, não seria melhor para todos formar uma sociedade entre fazendeiros e donos da terra, como existe em todo lugar do mundo? Porque a FUNAI e o bando de nefelibatas que se ocupam da questão indígena não tem vontade nem competência para ensinar os índios a produzir em escala lucrativa. E, mesmo que tivessem, não haveria os meios econômicos, insumos e implementos para tanto. Nem os índios estariam muito afim daquela trabalheira toda. E assim, ficam com o maior pedaço de terra que os defensores de sua tão propalada cultura conseguirem. Mas, pra quê?

Cachaça com terra

Não, não é o nome estranho de uma nova banda de forró igualmente estranha. O Jornal de Roraima de hoje nos dá conta de que mais duas fazendas serão “desintrusadas” (aos meus ouvidos, uma das palavras mais ofensivas da língua, principalmente quando proferida aqui em Roraima) na região do Amajari. Fazendas produtivas, claro, que nossos defensores do bom selvagem não fazem por menos. Para eles, produzir gera lucros, lucros são apropriados por capitalistas cruéis e predatórios, logo, acabemos com o lucro e vivamos todos do salário pago pelo governo, uns com menos, outros com mais, outros, ainda, com o bolsa-família ou o bolsa-guerrilha. Cumprida a sagrada missão, a terra ficará ao Deus dará, sem produzir um grão, um quilo de carne. Talvez um pouco de mandioca, pra fazer beiju e farinha. E os índios? Já que quem devia – i.e. a FUNAI – não provê o sustento de seres que não entendem a lógica de uma economia de geração de excedentes e troca e que, por isso mesmo, não conseguem dinheiro para adquirir os bens de que necessitam, os índios também ficarão ao Tupã dará. Como no lavrado não tem caça suficiente, virão para Amajari, Boa Vista ou qualquer outra cidade mais perto, arranjar algum para comer, encher a cara e vagar pelas ruas. Mas fiquem tranquilos: a cultura e os costumes ancestrais estarão preservados. Afinal de contas, tomar cachaça é ou não é um costume ancestral? Outra coisa: bom selvagem é a...o...deixa pra lá.

Tem General no terreiro

Índio bom é índio pobre, disse o espírito do General Custer, numa sessão em que baixou, na sede da FUNAI em Boa Vista-RR. E o pessoal acreditou.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Mais do que mil palavras

Diz-me com quem andas...

Pois, é Senadora Ângela, sou obrigado a quebrar minha promessa. Num post da semana passada, tinha dito que iria lhe dar uma trégua até o completo restabelecimento do seu marido, Flamarion. Mas, ao vê-la ontem, no Jornal Nacional da Globo, toda pimpona e sorridente, na mesa do Congresso Nacional, ombro a ombro com o deputado André Vargas, mudei de ideia. Enquanto o amigo de Alberto Youssef fazia suas molecagens e gatimonhas para afrontar o Ministro Joaquim Barbosa, tirando ridículas fotos em que aparecia ao lado do Ministro, rindo para a companheirada e, depois, erguendo aquele agressivo punho, a senhora ria, Senadora, ria muito, como se dizendo aos camaradas do plenário: ei, estou com vocês, faço parte dessa turma, acredito na inocência dos nossos mensaleiros, André está certo, vamos escrachar o Ministro... Quer dizer, eu pensava que a Senhora tinha entrado no PT por conveniência política, como seu marido já fizera antes. Mas, não, agora está claro que o PT também entrou na senhora, a ideologia tacanha e ultrapassada impregnou seu modo de pensar, o jeito petista de ser é o seu jeito de ser. Em suma, a senhora é tão identificada com o PT quanto André Vargas, Titonho, Nilvia Baraúna, André Vasconcelos e aqueles barbudinhos autoritários que não suportam o contraditório. E, como eles, acha que a tal “causa” justifica qualquer vilania e acredita que o Incra, o Ibama e a Funai tem mais é que impedir o desenvolvimento de Roraima. Porque, se Roraima se desenvolver, o seu paternalismo anacrônico e viciante perde o apelo. E a Senhora, os votos que ainda possa ter num estado tão massacrado pelo PT. Porque, Senadora, embora a senhora pense o cotrário, os paizinhos e mãezinhas não são bobos.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Do Blog do Noblat


Recua a procura por créditos na baixa renda

O Globo
A combinação de inflação e juros altos fez a demanda do consumidor por crédito recuar 3,2% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2013, informou a Serasa Experian nesta segunda-feira.
Só em março, a queda foi de 7,5%, em relação ao mesmo mês do ano passado, e ainda mais intensa entre os que têm renda pessoal mensal de até R$ 500. Nessa faixa de renda, o recuo no trimestre foi de 7,6% e em março chegou a 25,1%, na comparação anual, o maior registrado desde o início da série história, em janeiro de 2008.
O recuo também foi mais intenso no grupo dos mais ricos. Entre os consumidores com renda pessoal mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, a demanda por crédito diminuiu 6,8% no trimestre e, entre os que ganham mais de R$ 10 mil, caiu 7%, no mesmo período. Nas camadas intermediárias, também houve queda, porém mais branda, de 1,4% entre os que ganham de R$ 1 mil a R$ 2 mil por mês.

Sting, Eric Clapton, Phil Collins, Mark Knopfler: Money for nothing

Ainda me resta um pouco de juventude, um pouco de culto ao que é realmente bom. Em música, em literatura, na vida. Vejam.

Braçadas culturais

A Aliança para o Atraso, formada pelo Incra, Ibama, Mbio e pela nunca suficientemente execrada Funai, quem diria, acaba de perder uma. O site Fonte Brasil informa que finalmente as obras de construção da ponte sobre o rio Cambaru, em Uiramutã, já estão em andamento. Segundo o site, o Governador Chico Rodrigues disse que a obra, um sonho antigo dos moradores, demorou muito porque a “Funai não queria deixar fazer a ponte, porque é área indígena”. Quer dizer: a Funai é tão morrinha, tão apegada a uma ideologia chinfrin e ultrapassada que, para seguir princípios antropológicos absolutamente não condizentes com a realidade, é capaz de deixar índios e brancos dormirem longo tempo no mato, atacados por carapanãs, esperando a água baixar para seguir viagem, porque a ponte iria “de encontro à cultura ancestral”. Será que, em nome dessa conversa mole falsamente científica, a Funai quer que índio continue a atravessar rio no braço? Desse jeito, daqui a pouco a Funai vai ser contra os índios usarem fósforos! Esperem ó pra ver.

Independência?

Lula reuniu-se com os titulares dos auto-intitulados blogs sujos, aqueles que o PT usa para desconstruir, difamar e defender o indefensável.  Ou seja, pescou em aquário e, assim, pode dizer as sandices que quis. Até aí tudo bem, em família tudo é permitido. Mas a grande imprensa, que se diz isenta, deu a maior repercussão às fanfarronices e histrionismos de Lula, mesmo que tendenciosas e claramente eleitoreiras. Se aquilo não foi propaganda eleitoral antecipada, o que mais será?

sábado, 12 de abril de 2014

Contorcionismo ou desonestidade?

Eu disse que o colunista da Parabólica, da Folha de Boa Vista se contorcia todo para fazer a mentira caber dentro da verdade e vice versa? Pois disse-o muito bem. E não é só ele: é uma epidemia que ataca a todos naquela redação. Não é que hoje deram manchete dizendo que um relatório da ONU aponta o crescimento de 13 por cento no índice de homicídios em Boa Vista entre 2007 e 2011. Pode até ser. Mas seria um pouquinho menos desonesto dizer o o quanto cresceu a população no mesmo período. Mas a manchete era outra, aquela que, no próprio texto da matéria, diz que Boa Vista tem 3,4 mortes por mil habitantes, exatamente TRÊS VEZES MENOS QUE O PIAUÍ, SEGUNDO COLOCADO, QUE TEM UM ÍNDICE DE 11,1 MORTES POR 100 MIL HABITANTES. Isso é mais do que contorcionismo: é desonestidade intelectual e tentativa de iludir os leitores, coisa em que o jornal do Professor é useiro e vezeiro. 

Retaguarda crítica

Entreouvido na USP: 
Acadêmico 1 -Acho que, ao tratar o ósculo na omoplata como possível desconstrução da teoria do botar pra quebrar como ação reativa, Valeska Popozuda dás as costas ao que há de mais moderno na investigação científica.
Acadêmico 2 - Ui, como era grande!

Mamma mia!




Vem cá, luta de massas é Lula jogando a pizza da Petrobrás em Eduardo e Eduardo jogando o canelloni de Suape em Lula?

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Efeito contrário

Deu azar. O colunista da Parabólica da Folha de Boa Vista mal acabou de montar e publicar uma tremenda intriga para desmerecer o trabalho da Secretaria de Segurança e de seu Secretário e os homens já desbarataram uma quadrilha que praticou um assalto na Paraviana, ontem. E menos de 24 horas depois do crime, os assaltantes já estão no xilindró. Quer dizer: vai ter que dar a manchete amanhã, com o apêndice posterior entre as pernas, para fingir de isento, como de costume. É bom procurar um bom ortopedista para evitar lesões mais sérias nas futuras sessões de contorcionismo. Só por precaução.

Sutil como uma jamanta na contramão

O editor da Coluna Parabólica, da Folha de Boa Vista, acaba virando meu tipo inesquecível. O que o cara se contorce para fazer a mentira caber dentro da verdade e vice versa é uma grandeza! Hoje, foi além, muito além, quase chegando à perfeição. Depois de dar 7 (eu disse sete!) notinhas cavilosas botando todo tipo de defeito na estratégia e no programa de segurança que está sendo adotado pelo Governo Chico e em quem vai conduzi-lo, publica mais uma, a última, onde tenta de forma pueril amenizar as outras dizendo que está torcendo pelo sucesso do Coronel Amadeu. Mas não se aguenta. Torce, mas não acredita e bota mais um defeitinho. Não é um primor de sutileza? Gracinha.

Apelativo, tedioso e inócuo: meu nome é Telmário

O jus esperneandi está aí para quem quiser usa-lo. O contravapor também, pois, como dizia minha vó, a volta é que faz o anzol. Se a coisa for ofensiva, cabe aos ofendidos tomar as providências cabíveis e ao ofensor arcar com as consequências.  Agora, Telmário dizer-se perseguido por ser filho de empregada doméstica já é apelação. E as mais grosseiras. Melhor ficar sabendo que esse negócio de operário-pobre-que-veio- de-Garanhuns-num-pau-de-arara e que, só por isso, seria alvo de preconceito da dona zelite, só colou com Lula, que a USP, as Comunidades Eclesiais de Base e, dizem o general Golbery, transformaram de pelego em progressista. E, mesmo biliardário, até hoje usa sem a menor cerimônia. E os esquerdistas carnívoros e herbívoros babam. No caso de Telmário, sequer salivam.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Trégua temporária

Só agora fiquei sabendo que a Senadora Ângela e o Deputado Flamarion Portela passarão dez dias em São Paulo,onde ele vai se submeter a um procedimento cirúrgico. Por conta disso, durante este tempo de dez dias, dar-lhes-ei uma trégua. Gostaria de dar uma trégua muito maior, desde que ela parasse com essa mania de ser petista, figurino que não lhe cabe. Mas ela insiste em andar na companhia de figuras como André Vasconcelos, Coordenador da Funai e atrapalhador-mór do Estado, Nilva Baraúna, Superintendente do Ibama, e Titonho Beserra, Superintendente do Incra, além de barbudinhos sectários de vários calibres e quilates, socialistas morenos e neo-ecochatos. Com esse povo, não dá. Eu não me contenho. E Roraima não aguenta mais tentar driblar os obstáculos que eles põem à frente do processo de desevolvimento. Em todo caso, até em nome de velhos e bons tempos, desejo-lhes sucesso no procedimento e na recuperação e muita saúde e paz.

Qualquer semelhança...

"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana".

Bakunin

Cada enxadada, uma minhoca

10/04/2014
Será o alemão?
Não se sabe se é manifestação precoce da chegada do alemão. Tampouco se é estresse pós-traumático, as vicissitudes da vida muitas vezes levam um homem a perder o tino. Há quem diga que é apenas a mais pura malandragem política. Seja o que for, o certo é que o Deputado Flamarion Portela perdeu a memória. Se não, como explicar o fato de se ter posicionado contra a proposta de Lei Delegada que Chico Rodrigues enviou à Assembleia? Peraí. Flamarion governou com os amplos poderes de uma Lei Delegada sem prazo para terminar, que lhe dava o direito de casar e batizar. Como é que agora esquece tudo e luta contra uma proposta de Lei que confere muito menos poderes, tem prazo certo e não gera despesa? É o alemão, só pode ser o alemão...

Ingratidão
Além de ter perdido a memória, o deputado Flamarion Portela está se revelando um ingrato. Bastou o deputado Danadão declarar que vai fazer uma oposição responsável e vigilante para Flamarion sair feito um possesso a dizer que não enxerga nada de novo no governo Chico. E, mais, que ele, Chico, é co-responsável por tudo o que aconteceu no governo anterior.

  
“Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito.” Abraham Lincoln

Ingratidão I
Justo, muito justo que assim pense. Só que, se é para alegar responsabilidade compartilhada, ele, Flamarion, deveria oferecer-se para cumprir pena de 68 anos de cadeia junto com Neudo, de quem foi vice e, por essa linha de raciocínio, igualmente responsável pela gafanhotagem. Ou esse negócio de co-responsabilidade só arde no dos outros? Ingrato!


Ingratidão II
Já que se está falando de Flamarion, de ingratidão e de cadeia, nada mais justo que se fale dos mensaleiros amigos do deputado. Aqueles sim, sabiam ser parceiros. Tanto que, abrigado no PT para conseguir salvação e afagos públicos e fotografados de Dirceu, Genoíno, João Paulo e Delúbio, tão logo a coisa começou a feder de vez, o então governador e hoje deputado Flamarion foi abandonado à própria sorte e ficou sem partido e sem mandato.


Ingratidão III
E, quando começou a temporada de caça aos gafanhotos, deu uma conspiradinha básica, “sartou” de banda e deixou Neudo, seu co-responsável, a ver navios, com a bomba nas mãos algemadas. Agora, tá doidinho que Neudo esqueça tudo e se achegue para sua turma. Só se Neudo for besta. E não é.


Índio quer Funai
Índios do Movimento por Políticas Justas e solidárias (MPJUS) querem mudar o titular da Secretaria Estadual do Índio. Dizem-se insatisfeitos com o atual ocupante do cargo e cobram melhorias em assistência às comunidades indígenas.  Peraí. A responsabilidade pela assistência ao índio não é da FUNAI? Então por que não cobram do PT, e vão todos juntos, braços dados com Telmário, puxar as orelhas do André Vasconcelos, ex- coordenador da Funai e membro do PT, como ela? Ou a Funai só serve para garfar a terra e, depois, deixar os índios ao Deus dará para que governo do Estado cuide deles, na base do toma que o filho é teu? Quem pariu Mateus, que o embale, não é mesmo?


Perguntar não ofende
O umbigo do deputado Flamarion é nas costas?