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Assim ficou o PDT depois do golpe de Telmário. |
Agora, o que não sabia é que
ele também era ruim de largada. Patinou e cantou ruidosamente os pneus, pulando
de Neudo para Ângela e de Ângela para Neudo. E, agora se sabe, quebrou a
embreagem quando deixou seus companheiros de partido pendurados no pincel e foi
com escada e tudo pro lado do PT - logo do PT –, desconhecendo programa, aspirações,
sonhos e projetos eleitorais de companheiros do PDT, como o Dr. Petrônio,
vice-presidente da executiva regional do Partido.
Para não me alongar mais, e
com a devida vênia do Dr. Petrônio, reproduzo aqui, por ser um documento
público, nota que ele postou hoje no facebook sobre o assunto. Ele tem mais
conhecimento do que eu para tratar do antigo aliado e avaliar suas atitudes.
Segue a nota, ipsis literis, em vermelho, cor que ficaria Leonel Brizola, se
vivo fosse.
Bom dia a todos.
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Dr. Petrônio Araujo, Vice-Presidente Regional do PDT. |
Venho informar através dessa rede, a todos aqueles
que querem saber qual a nossa posição política, depois que o presidente da
regional do PDT, Telmário Mota, para atender seus interesses pessoas, abandonou
nossa luta, a nossa proposta de combater à corrupção, de um projeto de mudança
para atender as reivindicações do nosso povo e promover nosso desenvolv imento sócioeconômico,
e foi se juntar ao partido mais corrupto da nossa
história, o PT. O Telmário abandonou compromisso com o povo de Roraima, para se
juntar e defender o projeto de poder do PT e de interesses de suas candidaturas
ao senado e da senadora do PT, ao cargo de governo. Lamento que o PDT tenha
abandonado o legado de Leonel Brizola, para defender interesses de pessoas, de
grupos, escândalos de corrupção e a decadência que o PT está levado o nosso
amado Brasil e o nosso Estado de Roraima.
Quero esclarecer que não desistir da minha candidatura para governo, para apoiar a candidatura do sr. Telmário Mota e a candidatura da senadora Ângela Portela ao governo, como informou o senhor Raimundo Mota, para uma rádio da nossa capital. Penso que o senhor Raimundo Mota, tem o direito de defender o cargo dele, no Ministério do Trabalho, no governo do PT. Cargo esse indicado pelo senhor Telmário Moto. Porém eles não têm o direito de tirar minha candidatura, para atender seus interesses e o do PT.
Penso que isso é um golpe, contra 80% do nosso povo, que almeja mudança e uma alternativa nova para governo. E de certeza, que Ângela e seu marido não atenderão a esse anseio popular, pois já governaram Roraima e também foram um verdadeiro fracasso, seria o retrocesso.
Quero esclarecer que não desistir da minha candidatura para governo, para apoiar a candidatura do sr. Telmário Mota e a candidatura da senadora Ângela Portela ao governo, como informou o senhor Raimundo Mota, para uma rádio da nossa capital. Penso que o senhor Raimundo Mota, tem o direito de defender o cargo dele, no Ministério do Trabalho, no governo do PT. Cargo esse indicado pelo senhor Telmário Moto. Porém eles não têm o direito de tirar minha candidatura, para atender seus interesses e o do PT.
Penso que isso é um golpe, contra 80% do nosso povo, que almeja mudança e uma alternativa nova para governo. E de certeza, que Ângela e seu marido não atenderão a esse anseio popular, pois já governaram Roraima e também foram um verdadeiro fracasso, seria o retrocesso.
(Pela transcrição, Marcelo Coutelo)
O que Ângela acha disto? aliás, o que Ângela acha de qualquer coisa?
O post acima revela, como se preciso fosse, o jeito, digamos, peculiar do candidato a senador na chapa de Ângela fazer política. Aliás, não precisa ir muito longe, basta recuar um pouco no tempo para vê-lo, óculos severos e Bíblia na mão, figurando um pastor, satanizando a mesma Ângela. Como Ângela o aceitou na chapa, é de esperar que tenha engolido a ofensa, perdoado o agravo e fincado o pé para seguir com ele até o fim. É o que lhe restou no fim da feira. Sua aceitação, do mesmo jeito que aceita tudo o que o PT lhe impõe, fala por ela.
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Pensando bem, o que ela acha de tudo? |
Agora, o povo quer saber o que ela acha do que tratam estes dois posts que vão abaixo. O primeiro, revelando o Decreto que Dilma assinou, na calada da noite, prevendo a criação de conselhos populares, formados por integrantes de movimentos sociais, que poderão opinar sobre os rumos de órgãos e entidades do governo federal. O segundo, deixando muito claras as semelhanças entre o Petismo e o Malufismo, que a cada dia mais se aproximam, nos métodos e nos objetivos.
Da VEJA.com
Na
semana passada, sem alarde, a presidente Dilma Rousseff editou um decreto cujo
objetivo declarado é “consolidar a participação social como método de governo”.
O Decreto 8.243/2014 determina a implantação da Política Nacional de
Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS),
prevendo a criação de “conselhos populares” formados por integrantes de
movimentos sociais que poderão opinar sobre os rumos de órgãos e entidades do
governo federal. Que uma mudança tão profunda no sistema administrativo e
político do Brasil tenha sido implantada pelo Executivo com uma canetada é motivo
de alarme — e o alarme de fato tocou no Congresso nos últimos dias. Para
juristas ouvidos pelo site de VEJA, contudo, o texto presidencial não apenas
usurpa atribuições do Congresso Nacional, como ainda ataca um dos pilares da
democracia representativa, a igualdade (“um homem, um voto”), ao criar um
acesso privilegiado ao governo para integrantes de movimentos sociais.
“Esse
decreto diz respeito à participação popular no processo legislativo e
administrativo, mas a Constituição, quando fala de participação popular, é
expressa ao prever como método de soberania o voto direto e secreto. É o
princípio do ‘um homem, um voto’. Mesmo os casos de referendo, plebiscito e
projeto de iniciativa popular têm de passar pelo Congresso, que é, sem dúvida,
a representação máxima da população na nossa ordem constitucional”, diz o
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso.
“Sem
dúvida isso é coisa bolivariana, com aparência de legalidade, mas
inconstitucional. Hugo Chávez sempre lutou para governar por decreto. Nicolás
Maduro, a mesma coisa. Isso está ocorrendo também na Bolívia e no Equador. É um
movimento sul-americano esse tal constitucionalismo bolivariano, mas é algo que
pugna pelo fortalecimento do Executivo, por uma ditadura e que prega a vontade
dos detentores do poder. O problema desse constitucionalismo é que ele é um
constitucionalismo que não é. Constitucionalismo pressupõe liberdade, Estado
constitucional e vontade da lei, e não dos homens”, afirma Velloso.
Para
o ex-ministro da Justiça Miguel Reale, o decreto é eleitoreiro: “Dilma ganha
diálogo com os movimentos sociais e pode dizer ‘eu dei poder para vocês’”.
Leia a íntegra aqui: http://migre.me/jEono
Do Blog de Reinaldo Azevedo
Sempre
que príncipes do pensamento — e da gramática! — como Emir Sader saúdam o
caráter “progressista” do PT, eu e ele pomos a mão na carteira, por motivos
diferentes.
O
petismo, obviamente, não é e nunca foi, digamos, “progressista”. A turma é
autoritária, aí sim, e isso, obviamente, é outra coisa. O petismo é hoje um
meio de vida. A turma se apoderou do estado e não quer largar o osso de jeito
nenhum. E aí vale tudo.
E,
se vale tudo, vale também uma aliança com Paulo Maluf não apenas por motivos
pragmáticos. Ao contrário. Eles têm é orgulho mesmo. O petismo é a profissionalização
do malufismo. O petismo é malufismo transformado num sistema. O petismo é o
malufismo pós-romântico, entendem? O malufismo ainda era aquela coisa que
dependia do talento individual para certas práticas, como Butch Cassidy e
Sundance Kid. Notem: há uma certa inocência perversa em Maluf, como alguém que
não consegue fugir à sua natureza. O PT é a racionalização da voracidade
malufista.
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Imagens que valem por mais de mil palavras. A história se repete com Padilha. |
A
foto em que Lula e Fernando Haddad posam — Emir Sader escreveria “pousam” — ao
lado de Paulo Maluf nos Jardins da Babilônia da mansão do notório político já
fez história. Alexandre Padilha deve achar que o chefão do PP em São Paulo é
uma espécie de talismã. E foi também ele em busca da sorte. Vejam as duas
imagens, publicadas pela Folha.
É
isso aí. Em 2010, Marilena Chaui tentou explicar a aliança do PT com Maluf.
Segundo essa grande pensadora, Maluf não é de direita porque “sempre se
apresentou como engenheiro”. Para Marilena, quando o sujeito é engenheiro, não
é de direita; quando é de direita, não é engenheiro.
Entenderam
onde foi parar o petismo? Dá pra descer mais? Sempre dá.
(Postado por Marcelo Coutelo)
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