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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Tá precisando de rejeição? Deixa com Telmário.

Se era de rejeição que ela precisava...
No dia 11 deste mês, véspera do primeiro jogo da seleção, publiquei um post com o título “O mito da baixa rejeição” (Íntegra aqui http://migre.me/k5e9K), em que tentei demonstrar que, em disputas eleitorais, a baixa rejeição, longe de significar uma vantagem, quase sempre quer dizer baixo nível de polemicidade. 

Dizia lá que um político com baixa rejeição geralmente é um político com aceitação pouco firme, sem cheiro nem sabor, incapaz de montar um grupo de seguidores fiéis, daqueles que estão com ele pro que der e o que vier, que vão pra rua e quebram o pau por ele. Falava da Senadora do PT, é claro, cuja baixa rejeição é cantada em prosa e verso como seu maior trunfo.

O candidato senador da chapa do PT, Telmário, parece que leu o post e entendeu que, se rejeição era o que faltava para que Ângela fizesse decolar sua candidatura, levando-o a reboque, que deixassem com ele que tudo seria resolvido: rejeição é com ele mesmo. Esqueceu talvez que ele próprio, mesmo calado ou de megafone em punho, já agregava uma tremenda rejeição à candidata, pelo seu passado e pelo tanto que a atacou na eleição de 2010. Achou pouco. E saiu divulgando um panfleto aí, que só não o acusa de ter matado Odete Roitman, desempenhando seu papel preferido de vítima e jogando luz sobre fatos que pouca gente conhecia e, por isso mesmo, seria muito melhor deixar nas sombras. 

Resultado? Claro que foi pra ribalta, ganhou atenção negativa e deflagrou um processo que, se não for estancado, vai super expor sua imagem desgastada e colá-la de vez à candidata do PT. Não era rejeição que precisava? - deve ter pensado –, então tome-lhe rejeição até dizer chega. Um gênio!

Comenta-se à boca pequena que levou uma chamada geral da camarilha dos barbudinhos da elite do Partido e, pasmem, do Flamarion, que deve se achar uma flor com sua ficha suja que, pensa, não vai contaminar a alvura do hábito de noviça que sua mulher resolveu vestir para fazer política. Há quem acredite em tudo. Até que vai ser fácil explicar o quanto ela tem sido omissa enquanto a FUNAI segue perseguindo seu objetivo de transformar Roraima numa imensa aldeia indígena. O quanto tem calado diante do tanto que o IBAMA e o INCRA maltratam quem quer produzir. 

Parecer, até que parece. Mas não é. E vai custar uma nota.

De parecer a liminar é um pulo. 
Saiu a lista do TCU. E lá estava o nosso ex-governador, impávido colosso, cheio de processos pelas costas. Significa que Neudo está inelegível? É nisso que você, eu e a torcida do Flamengo acreditamos. Neudo, não. Sua trupe também não. Não esqueçamos que ele tem um parecer, um parecer milagroso que combina uns três artigos com uns não sei quantos parágrafos e incisos poderosíssimos e... pimba, lá vai ele lépido e fagueiro levando a turma na conversa.

O parecer não é bem isso, não tem essa força toda? É o que nós, pobres mortais regidos pelos fatos pensamos. Pra Neudo não tem problema: jura-se que há controvérsias, interpretações diametralmente opostas e que se vai arrancar uma liminar daquelas, boa para todos os males. Liminar, vocês sabem, é fogo na roupa. E lá vamos nós levando a turma no bico.

Se bobear, vai assim até bem perto da eleição. Aí ele senta para, digamos assim, um dedo de prosa com quem tiver mais garrafa vazia pra vender. E como vai ter um monte de gente acreditando e seguindo, a parada vai ser alta. Ora se vai!



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