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Já houve um tempo em que lutávamos contra ela. Parece que chegou novamente a hora. |
O jornal/revista Meio &
Mensagem, presente em toda agência de propaganda que se queira como tal, trazia,
em sua última página, uma tira de humor com uma personagem fantástica - dona Zezé,
a mulher do café. Ela sempre surgia para servir o café em reuniões de criação,
do tipo gênios trabalhando, e, despretensiosamente sacava um slogan definitivo
do bolso do avental, ou um titulo, um conceito, enfim, salvava a campanha. Não
sei se ainda traz. Mas era emblemática.

Ontem, escrevia um post para
este blog em que falava do desastre que se estava revelando ser o governo do
PT, a sinuca de bico em que sua gestão econômica nos está colocando.
Crescimento ridículo, de 0,2% no trimestre, ainda vai. Mas combinado com inflação
em alta, é dose. Eis que entra Mariazinha, a nossa mulher do café, para me
servir a rubiácea. Falei que estava preocupado com a inflação e ela reduziu a
mensagem na hora: “É, não existe coisa pior nesse mundo do que a carestia.”
Pois é, carestia. Há muito tempo não ouvia essa palavra que diz tudo. O PT, com sua incompetência que
ainda nos vai custar muito tempo para consertar, conseguiu trazê-la de volta ao
universo de Mariazinha. E ao meu.
Por isso convido você, leitor, a me
acompanhar e bradar como sempre se bradou nesse país para combater os governos e
paramos de fazê-lo depois do Plano Real: Abaixo a carestia! Abaixo o PT!
Boatos
em cascata.
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Vai levar o parecer salvador até o fim. |
Como disse ontem, o negócio
agora é semear boatos para colher tumulto. Só de candidato a senador, além dos
que too mundo já sabe, já plantaram pelo menos mais uns três, tudo para tentar
jogar A contra B e B contra C, que por sua vez virá com gosto de gás pra cima
de A. E o que não passa de intriga vira fato e contamina relações, desfaz
alianças, amua, gera desconforto e desconfiança. Enfim, dificulta o jogo e não
serve pra nada de bom.
Há algum tempo vimos dizendo
aqui que Neudo vai esticar a corda até onde ela possa aguentar, sem revelar seu
jogo. Tudo para açular militantes, despertar seguidores adormecidos e acumular capital
eleitoral para sentar na mesa e poder negociar de uma posição de força. Se ele sequer sonhar em se dizer desenganado
por seus advogados e jogar a toalha, fazendo uma composição prematura em que
aceita indicar o vice na chapa de Ângela, como proclama o mais novo boato da
praça, estaria se revelando um amador. Coisa que efetivamente não é.
Um profissional com a experiência e a picardia de Neudo sabe que, em
política, o mais importante fator se chama tempo. Quanto mais tempo ele ganhar
com sua farsa do parecer milagroso, mais valor agrega a qualquer movimento que
fizer na hora certa. E só ele sabe que hora é essa. Sabe que tem até o fim do
mês para revelar suas cartas. E sabe que a cada dia o clima fica mais nervoso,
propício para fazer correr como um rastilho de pólvora qualquer especulação,
por mas estapafúrdia que seja. Bom para um blefador de respeito como ele. Enquanto
isso, vai soltado uma insinuação aqui, um boato ali, enfim, vai deixando pingar
na mesa de jogo as fichas que aumentam o monte. E o monte está aumentando.
E Mozarildo, hein?
Muito se tem dito sobre Mozarildo. Pegaram-no para bola da vez. Mas
Mozarildo está estranhamente calado. Aliás, estranhamente, não, Mozarildo sabe
muito bem a hora de falar e de calar. Tem indo à Tribuna do Senado atacar o
governo, concentrando-se na dívida e nos gastos. Como se pudesse falar de
gastos. Como se Telmário não já tivesse ocupado esse espaço. Fora isso,
silêncio. Só se sabe que está disposto a sair com sua candidatura por cima de
pau e pedra, esperando, talvez, que, num ambiente de muitas candidaturas, o pau
quebre e ele, sorrateiramente, pegue as sobras que seus militantes fiéis forem
capazes de amealhar e leve a taça. Quanto mais candidato, quanto mais contenda,
quanto mais polarização, melhor para ele. E ele sabe disso.
Tem batizado de boneca? Tô dentro!
João Santana não é bobo. Os pensadores do PT também não. O cheiro de
chifre queimado já deve ter-se entranhado em suas narinas e anunciado um
desastre iminente se nada for feito. E muito bem feito. Os números da economia
não poderiam ser piores, revelando a incompetência do governo Dilma para lidar
com esse negócio, aliás, com qualquer negócio que não seja um superfaturamento
maneiro. A infraestrutura prometida para a Copa já provocando na presidente
comentários do tipo: “Querem aeroportos padrão Fifa, mas vão ter padrão Brasil”,
referindo-se ao Galeão inconcluso. O superfaturamento dos estádios caindo todo
em sua conta. Enfim, quadro pior não poderia ter-se pintado.
Agora, a essa altura do jogo, a única saída é mandar o time pra área e
tome chutão par frente pra ver se uma bola sobra e dá a chance da cabeçada
salvadora. É o que estão fazendo. Onde
tem um evento, Dilma está lá, com seus improvisos que são um atentado à língua
pátria e à lógica.
Ondem, chegamos ao máximo: ela inaugurou quinhentas e sessenta casas do
Programa Minha Casa Minha Vida. Quinhentas e sessenta casas não é evento para
Presidente vamos e venhamos. Quer dizer, entrou na zona do tudo faremos pela
vitória e daqui a pouco vai estar comparecendo a batizado de boneca. Porque a
coisa tá feia.
(Do blog de Reinaldo Azevedo)
Estadão:
A
percepção do brasileiro em relação à situação do País, à conjuntura econômica e
ao governo Dilma Rousseff se deteriorou de maneira acentuada em apenas um ano,
desde que milhares de pessoas tomaram as ruas do País para protestar contra a
corrupção e a má qualidade dos serviços públicos, como revela levantamento
inédito do Pew Research Center, um dos principais institutos de pesquisa dos
EUA.
A
radical mudança de humor em um espaço tão curto de tempo é rara, disse ao
Estado Juliana Horowitz, brasileira responsável pelo trabalho. Segundo ela, o
Pew Research realizou levantamentos em 82 países desde 2010 e só viu oscilações
tão acentuadas em lugares que passaram por crises ou rupturas institucionais,
como o Egito.
“O
nível de frustração expressado pelos brasileiros em relação à direção de seu
país, sua economia e seus líderes não tem paralelo em anos recentes”, diz o
texto de apresentação da pesquisa. Horowitz ficou surpresa com a magnitude da
transformação na opinião pública e atribuiu essa mudança principalmente à piora
da situação econômica e ao aumento da inflação. A insatisfação com a realização
da Copa do Mundo no Brasil também contribuiu: 61% dos entrevistados responderam
que o evento é ruim para o País, por tirar recursos que poderiam ser usados em
serviços públicos. Na comparação com o ano passado, a mudança mais acentuada de
humor ocorreu na percepção da situação econômica. O porcentual dos
entrevistados que a classifica de “ruim” subiu de 41% para 67%, enquanto o
índice dos que a consideram boa caiu de 59% para 32%. A inflação foi apontada
como o principal problema brasileiro por 85% dos entrevistados, pouco acima da
criminalidade e da assistência médica.
Leia a íntegra aqui: http://migre.me/jBKL8
(Postado por Marcelo Coutelo)
(Postado por Marcelo Coutelo)
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