O post que segue abaixo foi publicado aqui no dia
26 de abril, nos primórdios deste blog. Diante do que tenho acompanhado nas
redes sociais, não perdeu a atualidade e a cada dia se torna mais necessário.
Por isso vou republicá-lo, com as atualizações que o adaptem ao atual estilo
gráfico da página.
Vamos ao post. Tenham paciência, leiam e depois me
digam se não tenho pelo menos uma parcela infinitesimal de razão.
Cavalo não tem
chifre. A não ser que alguém coloque. E estão colocando.
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Anchieta inaugurando vicinal e agregando mais valor à sua imagem. |
Mais perdida que
deficiente visual em tiroteio, a oposição, na falta de algo mais, digamos
assim, atraente para o eleitor, resolveu apelar para o velho recurso de tentar
desestabilizar seus oponentes. E soltou seus militontos barbudinhos e imberbes
nas redes sociais, prontos para tudo. Primeiro, para dar um alento, uma dose
extra de oxigênio aos petistas e sem-governo em geral, fornecer-lhes alguma
coisa para argumentar. Segundo, para tentar semear o pânico e a insegurança nas
hostes governistas, principalmente entre os simpatizantes da candidatura
Anchieta.
É só entrar no
face book para ver lá posts e mais posts insistindo num possível dissenso entre
o ex e o atual governador. Uma briga que não houve, não há e não haverá, é o
que me dizem meus muitos anos como observador da cena política e seus
personagens - a natureza humana é a mesma aqui, ali e acolá, podem ter certeza.
O pior de tudo é
que tanto os com quanto os sem-governo terminam embarcando na conversa mole,
engolindo qualquer boato e procurando chifre em cabeça de cavalo, enfim, algo
que consiga dar materialidade à euforia de uns e à paranoia de outros. E
multiplicando algo que não é especulação: é esperteza, que nisso de espalhar
boatos e criar a cizânia os petistas e seus aliados de conveniência são
mestres. É só lembrar das muitas vezes em que saíram de casa em casa espalhando
que Serra ou Alckmin iam acabar com o bolsa-família, privatizar o Banco do Brasil
e a Petrobrás e outras mentiras tão devastadoras quanto..
Vamos
desenhar aqui. Chico é Chico, Anchieta é Anchieta. Duas pessoas, dois estilos, duas
experiências, duas histórias de vida. Chico é candidato a governador; Anchieta,
a senador. Não disputam o mesmo espaço, são aliados. Claro que Chico, ao
assumir, tinha que estabelecer um diferencial, até para justificar para os seus
aliados históricos a sua capacidade de transformar em ação os seus muitos anos
de militância política, mostrar a que veio, deixar claro quem é e do que é
capaz. E está mostrando, lenta e seguramente como recomenda o manual.
Para se eleger,
Chico precisa usar esses poucos meses para mostrar serviço, capacidade de
trabalho, de gestão e de conciliação de interesses conflitantes, enfim,
qualidades inerentes a quem governa. Só assim pode pensar em convencer os
eleitores.
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Chico: governando dentro do seu estilo. |
Anchieta, não. Não
tem que mostrar do que é capaz. Já fez seus acertos, já cometeu seus erros, já
formou sua imagem. Nada que Chico faça em seu esforço de governar será capaz de
agregar ou desagregar valor a essa imagem. Anchieta não está disputando cargo
administrativo. Tem só que permitir que o eleitor o compare com os seus
possíveis oponentes, deixar clara a distância que há entre a sua estatura,
dimensão e visão de mundo e a deles. E, com certeza, sair amplamente vitorioso
na comparação. Porque, no Senado, Roraima precisa de alguém que tenha cosmovisão
suficiente para entender o processo politico e o momento histórico. Anchieta já
mostrou que tem a dimensão e a estatura políticas que o cargo exige. E não vai
ser batendo no governo de Chico que isso vai ficar mais claro, muito antes pelo
contrário.
Quem entender isso
pensa no futuro e sabe escolher o caminho certo para chegar lá. Quem não
entender, que se contente com um ou outro concurso público, cada dia mais
raros, e uns carguinhos comissionados. E com um PT cada dia mais ousado em sua
deliberada intenção de impedir o estado de implantar um processo de desenvolvimento
baseado no setor produtivo e na livre iniciativa.
Muta calma nesta hora. Porque é tempo de fortalecer-se e ter sobriedade para saber separar o que é verdade do que é intriga pré-eleitoral das muitas que ainda virão por aí, tentativa desesperada de escapar do perigo de ficar
mais uns tantos anos sem um governo para chamar de seu e aproveitar.
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