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Quem manda na Casa do Povo? O preposto ou os nossos representantes? |
Em se tratando de quem se está tratando, o tempo já
mostrou que, suas práticas políticas, tudo é possível. Iludir os eleitores até
a última hora, afrontar a Justiça – eleitoral, dos homens e de Deus -, boi
voar, prometer como sem falta e faltar como sem dúvida, trair como quem coça,
enfim, o repertório é vasto e vasta é a disposição de usá-lo de pé a ponta na
insaciável busca pelo poder a qualquer custo para lambuzar geral. Até aí tudo
bem, o homem é seu estilo, seu caráter e suas circunstâncias.
Agora tudo tem – ou deveria ter - um limite. Fico aqui
boquiaberto tendo notícias de que o homem, para conseguir apoio no segundo
turno, prometeu a Presidência da Assembleia a um deputado que estava do outro
lado. Mas que a dita presidência já estava devidamente prometida a outro. Nada
a estranhar, trair é do seu DNA e os prometidos que se entendam com o
prometedor Mas, peraí: como é que o dono (o dono é ele, pois não?) do poder Executivo
pode prometer a Presidência do poder Legislativo? E é assim? E é ir chegando e
distribuindo os cargos do Poder Legislativo a seu bel prazer? E os deputados,
como é que ficam? Aceitam tudo calados, sem tugir nem mugir, ou erguem a voz
num formidável EPA, vamos com calma, aqui quem manda somos nós. E, como de fato,
ali, na Assembleia, quem manda são eles. Ou não? Ou acabaram com a
independência dos poderes e ninguém me avisou? Ou os nossos representantes,
eleitos por nós, resolveram entregar a rapadura logo no comecinho do mandato.
Recuso-me a acreditar numa barbaridade dessas. Ali na Assembleia ainda tem homens
e mulheres de brio, que sabem o poder que lhes foi por nós conferido e saberão honrar
as calça e saias que vestem. Tomara Deus!
A
propósito.
O mundo endoidou de vez. Leio ali num dito jornal e no
sempre informado e arguto Edersen que o Governador Chico Rodrigues recebeu o
engenheiro Neudo Campos para tratar da transição. Fico aqui pensando: tirando
tudo o que Chico disse do referido engenheiro no período eleitoral – e não foram
exatamente elogios -, quem é Neudo Campos para merecer ser recebido pelo
Governador? Que apito ele toca? A que alturas chegou? E é assim, é? E é ir
chegando e entrando? Para tudo existe um limite. Principalmente para o
protocolo, a Agenda e, sobretudo, a liturgia do cargo de Governador de Estado.