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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Se não dá para usar chicote e cenoura, vai de cenoura que a carroça anda.

Aqui, ou neguinho trabalha ou desocupa a moita.
Qualquer restaurante chinfrin de beira de estrada não dará certo se não tiver – e aplicar com rigor - uma política de consequências. Nenhuma empresa, de qualquer tamanho, pode funcionar bem se não administra seus recursos humanos sem reconhecer-lhes o mérito e a falta dele. Ou seja, não há como obter-se sucesso sem premiar os mais eficientes e punir os menos capazes, a velha técnica de fazer o burro andar com chicote e cenoura. Dá certo. O ser humano é muito sensível a incentivo e punição.

Mas a burocracia estatal acha que pode. Mesmo que premiar os mais capazes só por meio de promoção a um cargo mais alto, que, como só poucos conseguem – e nem sempre por mérito, vamos reconhecer -, não serve exatamente de incentivo. E punir os incapazes, desleixados, indolentes ou prevaricadores só depois de um longo processo administrativo, com direito a recurso sobre recurso e ameaça de greve do sindicato da categoria.

Aqui, dá para viver de paletó na cadeira um tempão.
Mesmo assim, o estado, a máquina estatal que nos governa, teima em querer prestar todos os serviços pelos quais pagamos uma baba de imposto sem uma política de consequência. E dá na qualidade dos serviços que recebemos, prestados por funcionários que, convenhamos, não tem o mínimo incentivo para melhorá-los. Além do mais, todo dia inventa uma nova norma para complicar um pouco mais.
Lutar contra não adianta: o cipoal de leis, regulamentos, portarias, decretos nos impede e é dificílimo alterá-los. O jeito é contorna-los com criatividade. Estabelecendo metas que, se alcançadas, resultarão em incentivos financeiros para os que as atingiram - os populares bônus, 14º salário ou que nome se lhes dê. Foi o que Aécio Neves fez na educação, em Minas. E deu certo. Eduardo Campos, bebendo na fonte de Aécio, fez o mesmo em Pernambuco. E também deu certo. E Chico Rodrigues, que bebeu nas duas fontes, vai fazer o mesmo na gestão da educação em Roraima. Alguma dúvida de que também vai dar certo?

E, aí sim, vendo o colega ao lado ser premiado e ele ficar chupando o dedo, das duas uma: ou o funcionário desleixado vai correndo chorar no colo do sindicato ou dá um jeito de, na próxima, empenhar-se mais no trabalho para também cumprir a meta e fazer jus à grana extra. Quer dizer: além de tudo, a fórmula é altamente didática. Querem mais?

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