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Tudo junto e misturado. Só falta combinar com o eleitor. |
Diante dessa mistura de barbudinhos e
desgrenhadinhas do PT com o notório Telmário e seu repertório de agressões e
com, pasmem, empresários bem sucedidos do agronegócio, simplesmente tenho que
saber que raios de conversa mole vão jogar para cima do eleitor. Sim, porque -
embora já tenha prometido gastar uma grana preta pra mostrar sabe-se lá o quê
em seu programa eleitoral de Rádio e TV - o PT não vive sem umas boas palavras de ordem,
daquelas de fazer militonto sair babando de fervor ideológico, rasgar a camisa
e atear fogo às vestes. E, pelo menos sempre foi assim, empresário dono de
terra tremer em los pantalones de medo de virar ex-proprietário e entrar na
categoria dos sem-terra. T'esconjuro.
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Felicidade é... andar em boa companhia. |
Mas, peraí: estamos em Roraima. O que é que a
candidatura de Ângela, do PT, vai dizer ao povo de Roraima, que sabe muito bem
que esse Partido é um atraso de vida? Principalmente, é preciso saber o que a
Aliança para o Atraso, capitaneada por Nagib Lima e formada pelos atuais e
antigos dirigentes da FUNAI, do INCRA e do IBAMA, vai dizer aos produtores
agrícolas, sejam grandes, médios ou pequenos. O que vai dizer a quem perdeu sua
plantação de arroz, por exemplo? O que vai dizer a quem vive levando multa do
IBAMA pela caixa dos peitos por qualquer arbusto cortado? O que vai dizer a
quem olha pro sul e vê aquela humilhante corrente atravessando a 174? Hein,
empresários neopetistas? Ajudem aí, arrumem um discurso convincente que
explique suas presenças na chapa e demonstre em que isso é bom para Roraima.
Antecipo-me. E como imaginação solta permite tudo,
comecei a bolar algumas palavras de ordem a serem usadas na campanha. Vai ser
engraçado ver aquele monte de empresários, braços dados com a fina flor da
esquerda, tudo de camisa vermelha, carregando faixas e cartazes e entoando a
plenos pulmões pérolas como as que se seguem:
MAIS TERRA PARA OS ÍNDIOS
DESMATAMENTO ZERO
PAU NO LOMBO DE QUEM CORTA PAU
O PICADÃO É NOSSO.M
Ou então, adaptando o grande grito das passeatas do
tempo da revolução,
O ARROZ/COLHIDO/JAMAIS SERÁ COMIDO
Bacaninha, né não? Um verdadeiro show de coerência.
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