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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Palavras de ordem para uma aliança muito louca.

Tudo junto e misturado. Só falta combinar com o eleitor.
Diante dessa mistura de barbudinhos e desgrenhadinhas do PT com o notório Telmário e seu repertório de agressões e com, pasmem, empresários bem sucedidos do agronegócio, simplesmente tenho que saber que raios de conversa mole vão jogar para cima do eleitor. Sim, porque - embora já tenha prometido gastar uma grana preta pra mostrar sabe-se lá o quê em seu programa eleitoral de Rádio e TV - o PT não vive sem umas boas palavras de ordem, daquelas de fazer militonto sair babando de fervor ideológico, rasgar a camisa e atear fogo às vestes. E, pelo menos sempre foi assim, empresário dono de terra tremer em los pantalones de medo de virar ex-proprietário e entrar na categoria dos sem-terra. T'esconjuro.

Felicidade é... andar em boa companhia.
Mas, peraí: estamos em Roraima. O que é que a candidatura de Ângela, do PT, vai dizer ao povo de Roraima, que sabe muito bem que esse Partido é um atraso de vida? Principalmente, é preciso saber o que a Aliança para o Atraso, capitaneada por Nagib Lima e formada pelos atuais e antigos dirigentes da FUNAI, do INCRA e do IBAMA, vai dizer aos produtores agrícolas, sejam grandes, médios ou pequenos. O que vai dizer a quem perdeu sua plantação de arroz, por exemplo? O que vai dizer a quem vive levando multa do IBAMA pela caixa dos peitos por qualquer arbusto cortado? O que vai dizer a quem olha pro sul e vê aquela humilhante corrente atravessando a 174? Hein, empresários neopetistas? Ajudem aí, arrumem um discurso convincente que explique suas presenças na chapa e demonstre em que isso é bom para Roraima.

Antecipo-me. E como imaginação solta permite tudo, comecei a bolar algumas palavras de ordem a serem usadas na campanha. Vai ser engraçado ver aquele monte de empresários, braços dados com a fina flor da esquerda, tudo de camisa vermelha, carregando faixas e cartazes e entoando a plenos pulmões pérolas como as que se seguem:

MAIS TERRA PARA OS ÍNDIOS

DESMATAMENTO ZERO

PAU NO LOMBO DE QUEM CORTA PAU

O PICADÃO É NOSSO.M

Ou então, adaptando o grande grito das passeatas do tempo da revolução,

O ARROZ/COLHIDO/JAMAIS SERÁ COMIDO

Bacaninha, né não? Um verdadeiro show de coerência.

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