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quinta-feira, 3 de julho de 2014

"A burguesia fede, mas tem dinheiro pra comprar perfume" (Falcão, cantor e filósofo)

Aliança improvável. Resultados previsíveis. Ou não.
O PT nacional tornou-se herbívoro. Mas o daqui de Roraima continua carnívoro, e do tipo que prefere mal passado, com o sangue escorrendo barba abaixo. Com as honrosas exceções do pessoal da elite, que descobriu que a burguesia fede, mas tem dinheiro pra comprar perfume e traça uma saladinha carregada no verde, o nosso (deles) PT continua o mesmo, a empunhar as mesmas velhas bandeiras esfarrapadas de sempre. Só que tem conseguido finca-las em algumas importantes áreas. E a demarcação do horror de terra indígena em Roraima é uma prova viva de que continua o mesmo. Só que aprendeu a fingir melhor.

Por isso tudo, eu gostaria muito que alguém me explicasse como é que capitalistas ferrenhos, empresários bem sucedidos do agronegócio, proprietários de terras, gado e gente vão se aliar e apoiar uma candidatura desse PT. Logo com o PT, caramba? Que já deu mostras mais do que cabais de seu empenho em transformar Roraima em uma imensa aldeia indígena? O PT que domina os principais órgãos federais no estado e que tem feito tudo o que é possível para impedir o florescimento do agronegócio ou mesmo do médio produtor rural? Esqueceram da FUNAI, do INCRA e do IBAMA?

Uma grande aldeia indígena. Bom para agricultura familiar.
Será que esses empresários acham que, amiguinhos do Partido, suas terras serão poupadas de uma boa demarcada ou poderão sair cortando pé de pau pra todo lado impunemente? Será que se renderam ao charme da agricultura familiar e vão lotear suas terras para distribuí-las e dinamizar a atividade? Ou será que eles acham que, em troca desse apoio de hoje, o PT vai amansar e eles vão dirigir o governo? Tolinhos. Como é do estilo do PT, podem até ganhar algumas secretarias. Ganham, mas não mandam. Porque vão estar ocupadas do pé à ponta pelos companheiros devidamente aboletados e prontos para defender com unhas e dentes a ideologia partidária. E são eles que na verdade, fazem as coisas andar. Ou melhor, não andar.

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