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Exportação para criar uma classe média rural. |
No programa eleitoral de
Chico Rodrigues na TV - acho que no segundo -, um caminhão sendo carregado de banana
para seguir em direção a Manaus, sob o entusiasmado depoimento do dono da
propriedade, tornou ainda mais claro que o futuro de Roraima passa pelo
desenvolvimento da agricultura e da pecuária. Simplesmente não há outro
caminho.
Hoje, é charmoso e
politicamente correto falar em desenvolver a agricultura familiar – todo candidato
Brasil afora está falando disso como se fosse, sem trocadilho, a salvação da lavoura.
É claro que é necessário e fundamental dar-lhe incentivo. Desde que se entenda
que ela só se desenvolve quando existe um mercado interno capaz de absorver sua
produção e multiplicar seus efeitos. Mercado interno que não temos, pelo menos
não num processo de crescimento que arraste a agricultura familiar. Esgotou-se
o crescimento acelerado do setor público. E cada dia menos consumidores entram
no mercado.
Por isso, no nosso caso, só
o agronegócio, com a produção em larga escala para exportação e para criar
oportunidades á implantação da indústria de transformação, vai ser capaz de
gerar efeitos positivos em cascata sobre a economia. Empresas fornecedoras de
máquinas e implementos para a atividade, certamente, vão se instalar aqui. E
trazer com elas novas necessidades, que vão ser supridas por pequenos, médios e
grandes negócios de fornecimento de insumos e de manutenção.
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Soja: no caminho do desenvolvimento. |
Tudo isso vai gerar empregos
e renda. Que vão gerar consumo, que vai gerar o fortalecimento do comércio, que
vai gerar imensas oportunidades de novos negócios, movendo uma corrente de
transmissão que faz crescer o mercado interno, cria condições de demanda para o
desenvolvimento da agricultura familiar e distribui benefícios para todos.
Não dá para fugir desse
destino. E é o conhecimento dos fatores envolvidos, a capacidade de tornar
viável uma operação tão complexa e, sobretudo, o compromisso explícito com a
criação de condições para o seu desenvolvimento que devemos procurar entre
aqueles que nos querem governar. E tudo isso é exatamente o que Chico Rodrigues
tem para oferecer. Tem formação profissional e é do ramo, conhece a operação em
suas peculiaridades e complexidades, tem compromisso quase visceral com a terra
e faz parte de um grupo com força e influência nacional suficientes para atrair
investidores, fomentar e gerar as condições de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento
pleno da atividade – o que inclui as negociações para o asfaltamento da estrada
Letten-Georgetown, que se dão em águas e profundidade em que peixe pequeno não nada.
Não vejo mais ninguém que
reúna esse conjunto de atributos positivos. A não ser que queiramos eternizar o
velho assistencialismo que nos tem condenado ao longo do tempo a ser meros vassalos
do governo.
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