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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Não é jogo para amadores bem intencionados. De boas intenções...

Exportação para criar uma classe média rural.
No programa eleitoral de Chico Rodrigues na TV - acho que no segundo -, um caminhão sendo carregado de banana para seguir em direção a Manaus, sob o entusiasmado depoimento do dono da propriedade, tornou ainda mais claro que o futuro de Roraima passa pelo desenvolvimento da agricultura e da pecuária. Simplesmente não há outro caminho.
Hoje, é charmoso e politicamente correto falar em desenvolver a agricultura familiar – todo candidato Brasil afora está falando disso como se fosse, sem trocadilho, a salvação da lavoura. É claro que é necessário e fundamental dar-lhe incentivo. Desde que se entenda que ela só se desenvolve quando existe um mercado interno capaz de absorver sua produção e multiplicar seus efeitos. Mercado interno que não temos, pelo menos não num processo de crescimento que arraste a agricultura familiar. Esgotou-se o crescimento acelerado do setor público. E cada dia menos consumidores entram no mercado.
Por isso, no nosso caso, só o agronegócio, com a produção em larga escala para exportação e para criar oportunidades á implantação da indústria de transformação, vai ser capaz de gerar efeitos positivos em cascata sobre a economia. Empresas fornecedoras de máquinas e implementos para a atividade, certamente, vão se instalar aqui. E trazer com elas novas necessidades, que vão ser supridas por pequenos, médios e grandes negócios de fornecimento de insumos e de manutenção.
Soja: no caminho do desenvolvimento.
Tudo isso vai gerar empregos e renda. Que vão gerar consumo, que vai gerar o fortalecimento do comércio, que vai gerar imensas oportunidades de novos negócios, movendo uma corrente de transmissão que faz crescer o mercado interno, cria condições de demanda para o desenvolvimento da agricultura familiar e distribui benefícios para todos.
Não dá para fugir desse destino. E é o conhecimento dos fatores envolvidos, a capacidade de tornar viável uma operação tão complexa e, sobretudo, o compromisso explícito com a criação de condições para o seu desenvolvimento que devemos procurar entre aqueles que nos querem governar. E tudo isso é exatamente o que Chico Rodrigues tem para oferecer. Tem formação profissional e é do ramo, conhece a operação em suas peculiaridades e complexidades, tem compromisso quase visceral com a terra e faz parte de um grupo com força e influência nacional suficientes para atrair investidores, fomentar e gerar as condições de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento pleno da atividade – o que inclui as negociações para o asfaltamento da estrada Letten-Georgetown, que se dão em águas e profundidade em que peixe pequeno não nada.

Não vejo mais ninguém que reúna esse conjunto de atributos positivos. A não ser que queiramos eternizar o velho assistencialismo que nos tem condenado ao longo do tempo a ser meros vassalos do governo.




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