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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A polícia está nas ruas. Os bandidos, não.

Quantidade, tenologia e mobilidade que dão segurança.
Todo mundo já percebeu a queda acentuada nas ocorrências policiais. É só assistir a um dos diversos programas de rádio ou TV dedicados ao assunto. Ou ler qualquer um dos nossos jornais. Desde que o programa Ronda no Bairro foi implantado, a violência deixou as primeiras páginas. Embora a Folha de Boa Vista continue buscando desesperadamente, o fato é que a maioria das manchetes é sobre resolução de crimes, prisões, apreensão de drogas e traficantes ou desbaratamento de quadrilhas, assuntos que, convenhamos, não vendem jornal.  
Outro dia, no facebook, um repórter policial estava temendo perder o emprego por falta de assunto. E Bruno Perez, que apresenta na Band Roraima o Programa Cena do Crime, falava no ar da necessidade que apresentadores como ele estão tendo de se reinventar, ser criativos, encontrar novos caminhos. Tirando os inevitáveis acidentes de carro e moto por absoluta imprudência, o o sangue e o pânico sumiram.
As pessoas não devem estar dando a importância devida a essa diminuição. Ao contrário da sensação de insegurança, que mexe com o inconsciente e desperta o medo, a sensação de segurança não é notada ou valorizada, como se fosse – e realmente é – algo natural. E hoje os boa-vistenses se sentem  seguros. O simples fato de, todo dia, em diferentes locais e horas, ver a polícia nas ruas lhe passa essa sensação. Porque sabe que os malfeitores também veem a mesma coisa. E se intimidam. Autopreservação é instinto natural de todo mundo.
Essa é a função do policiamento ostensivo, principalmente na quantidade de policiais, tecnologia utilizada e com a mobilidade que orienta o Programa Ronda no Bairro. Uma solução ao mesmo tempo simples e óbvia, como são todas as que dão certo. Quando se tem coragem de ignorar práticas consagradas pelo uso, geralmente se consegue resolver, com medidas simples e criativas, problemas que a burocracia faz questão de complicar.

Esse é o princípio básico de uma gestão eficiente e eficaz na prestação de serviços públicos essenciais. E isso foi justamente uma das principais reivindicações das multidões que foram às ruas em junho do ano passado. Pense nisso. 

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